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Rodney tenta responder resultado negativo de pesquisa culpando antecessor

Abrindo a série de entrevistas especiais com os prefeitos da Grande Vitória, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), foi à CBN Vitória na manhã desta terça-feira (8), para tentar explicar o desempenho negativo na pesquisa realizada pelo Instituto Futura e publicada em A Gazeta, no fim de semana.
 
O prefeito repetiu na rádio a justificativa que apresentou no jornal, admitindo falhas na comunicação com a população. Para Rodney, a população não percebeu ainda as mudanças na gestão, porque ele e sua equipe têm problemas de interlocução. 
 
Por isso, Rodney afirma que tem circulado mais e conversado com a população desde dezembro passado. Também tem orientado os secretários para adotarem postura parecida. Mas no município, o que se comenta é outra coisa. O prefeito desde o início de sua gestão é conhecido por ter uma postura de “gabinete”. 
 
Nem mesmo os funcionários da prefeitura veem o gestor com frequência nos demais setores da administração. O prefeito disse ainda que seu problema de comunicação com a população está no fato de ele ter um perfil administrativo, e não político.
 
Mas ao ser perguntado sobre o processo eleitoral deste ano, Rodney, que também é presidente do DEM no Estado, mostrou que tem se movimentado politicamente com desenvoltura, conversando com lideranças partidárias e possíveis candidatos do seu partido e de outros.
 
Na entrevista, Rodney citou serviços que vem sendo realizados pela administração, como limpeza de canais e contratação de pessoal,mas foi questionado por ouvintes sobre os aparelhos públicos. O prefeito adotou uma postura que não é muito bem vista pelos eleitores.
 
Nos meios políticos, o chamado “chororô” das dívidas passadas é tido como válido apenas nos três primeiros meses de gestão. Alguns gestores ultrapassam esse prazo, usando os primeiros semestres inteiros reclamando de dívidas, a exemplo de Rodney, que continua usando o discurso que é tido como desgastado, com um ano e cinco meses de gestão. 
 
O prefeito afirmou que fechou o ano com R$ 30 milhões em dívidas a pagar, um ano após a posse, mas que fez reajustes e contratações mesmo assim. Rondey, porém, não escapou das perguntas sobre o desgaste político ocorrido no ano passado, quando viajou para os Estados Unidos, em um período de enchentes causadas pela chuva. No entanto, não foi questionado sobre as denúncias de irregularidade na ata da Câmara sobre a aprovação de seu afastamento do cargo, antes de ter completado um ano de mandato, o que é proibido pela Lei Orgânica do Município. 
 
Apesar dos problemas gerados pelas medidas tomadas pela prefeitura para tentar resolver o problema, o prefeito ainda acredita que agiu corretamente e defendeu as ações de abertura do canal de Guaranhuns. “Cometi um equívoco acreditei em uma previsão do tempo que não se consolidou. Não escondi, não me omiti. Todo aquele processo teve, sim, quase 100% de presença. Voltei e corrigi meu erro”, disse o prefeito à CBN
 
Rodney aproveitou para alfinetar o governo federal, afirmando que até o momento, os recursos que chegaram ao município são oriundos do Fundo Cidades, do governo do Estado. Recursos da ordem de R$ 13 milhões, que seriam usados na capacitação da Guarda Municipal, foram realocados para as necessidades de recuperação dos estragos. 
 
O prefeito também foi questionado sobre o patrocínio da prefeitura no valor de R$ 200 mil a um encontro de delegados federais, categoria da qual Rodney faz parte, realizado no último fim de semana no município. O prefeito afirmou que concedeu o patrocínio porque entendeu que o evento seria importante para a divulgação do turismo local e afirma que o município vai ainda perceber o resultado disso no futuro. O demista informaou que suspendeu o empenho do patrocínio e aguarda uma manifestação do Ministério Público de Contas (MPC), que denunciou o fato. Se houver o apontamento de irregularidades ou dúvidas, garante que não fará o pagamento. 

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