Saída de Magno Malta do PR pode deixá-lo fora da disputa ao governo em 2014
A possível entrada do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda no PR pode ter influência na disputa eleitoral do Espírito Santo em 2014. Segundo a coluna de Claudio Humberto, publicada no jornal A Tribuna desta quinta-feira (15), o senador Magno Malta faz parte de um grupo que ameaça deixar o partido caso a filiação de Arruda se confirme.
Faltando menos de dois meses para o fim do prazo das filiações partidárias, Malta teria dificuldade em conseguir nesse período outro partido que encampe sua candidatura ao governo do Estado em 2014.
O senador tem forte influência no PSC também, mas o partido tem muito pouco tempo de TV, cerca de um minuto, tornando difícil a viabilização de sua candidatura ao governo. Nos demais partidos, a dificuldade está no fato de que a maioria está na base do governador Renato Casagrande, que tem feito uma movimentação muito grande para reunir os partidos que estiveram com ele em 2010.
Mas, para os meios políticos, o assunto é delicado, já que Malta não seria a única perda do PR. No Senado, além dele, Blairo Maggi (MT) e Vicentino Alves (TO) também prometem deixar a sigla caso se confirme a filiação de Arruda.
Na Câmara, Antony Garotinho e outros sete deputados federais podem seguir o mesmo caminho dos republicanos do Senado, assim como o presidente Regional do PR no DF, Ronaldo Fonseca. Por isso, o presidente nacional do Partido, senador Alfredo Nascimento (AM), deve pensar duas vezes se a troca valerá a pena. Arruda é hoje líder na corrida pelo governo do Distrito Federal.
O motivo para a insatisfação dos republicanos com a possibilidade de Arruda integrar os quadros do partido vem do histórico do ex-governador, que chegou a ser preso por irregularidades em seu governo.
Em agosto de 2012, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu processo contra Arruda no chamado mensalão do DEM. Arruda é acusado de corrupção passiva e de formação de quadrilha.
Malta é um dos nomes cogitados para disputar o governo com a função de criar um espaço dedicado à presidente Dilma Rousseff no Estado, já que o governador Renato Casagrande defende a neutralidade na disputa presidencial.
Essa movimentação do republicano, porém, preocupa o grupo do governador e do ex-governador, já que o senador, que obteve mais de um milhão de votos em 2010, dividiria o eleitorado, trazendo um sério risco à reeleição de Casagrande.
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