Secretária da Mesa se destaca na interlocução com manifestantes
Nas duas semanas de ocupação da Assembleia, uma personagem ganhou destaque entre os deputados e os manifestantes. A primeira secretária da Mesa Diretora, deputada Solange Lube (PMDB), assumiu um papel de mediadora e conseguiu capitalizar nos meios políticos, aumentando seu trânsito no plenário.
O presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), que deveria ter assumido essa postura de negociador, não conseguiu um nível de articulação com os ocupantes. Dentro da Assembleia, a impressão sobre a ação de Ferraço é que, por ele, uma ação mais dura poderia ter sido tomada.
Ferraço também não conseguiu fazer com que os deputados insatisfeitos com o projeto de decreto legislativo que suspende a cobrança do pedágio fossem à Assembleia votar a matéria. A votação foi um ponto acordado pela Mesa Diretora para que os manifestantes desocupassem a sala da Presidência.
Havia uma movimentação para tirar o projeto de pauta. Mas para conseguir suspender a votação, o presidente precisaria da assinatura de mais um membro da Mesa. Como o segundo secretário, Roberto Carlos (PT), fechou questão a favor do projeto, junto com a bancada do PT, a segunda assinatura poderia ser de Solange Lube. Mas a peemedebista não abonou a manobra do presidente, o que permitiu a continuação da tramitação.
Aos deputados insatisfeitos com a situação, a deputada ofereceu até a casa, na Praia da Costa, em Vila Velha, para conversas. Na quarta-feira, mais uma vez a primeira secretária da Mesa foi acionada para tentar encontrar uma solução negociada para a desocupação da Assembleia. Solange não conseguiu um acordo, mas sua atuação foi elogiada nos meios políticos. A deputada, que desde o início da legislatura teve uma atuação considerada apagada, conseguiu capitalizar com o episódio.
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