Sexta, 03 Mai 2024

Sem acesso ao PT nacional, Hartung pende para o PSDB

Começa a ganhar corpo no mercado político a ideia de que o ex-governador Paulo Hartung estaria prestes a retornar ao ninho tucano, deixando o PMDB, partido ao qual se filiou em 2005. Sem mandato, Hartung não estaria livre para fazer a migração, apesar de seu grupo no PMDB defender espaço para que ele dispute o Senado ou o governo do Estado no próximo ano.



A migração de Hartung, porém, não tem nenhuma relação de identidade partidária com o ninho tucano. É que o ex-governador viu fracassadas suas tentativas até aqui de se aproximar do governo federal e da cúpula  do PT, com o objetivo de tentar evitar a construção do palanque do senador Magno Malta (PR) como espaço cativo à presidente Dilma Rousseff no Espírito Santo.



Hartung estaria tentando convencer à cúpula petista sobre a viabilidade de um palanque alternativo formado pelo PT e PMDB, caso o PSB realmente lance candidatura a presidente da república com o governador de Pernambuco Eduardo Campos, o que tiraria os dois partidos da candidatura à reeleição do governador socialista Renato Casagrande.



Com problemas na Justiça e queda no capital eleitoral, o ex-governador precisaria de um palanque forte para alcançar um mandato no próximo ano, provavelmente o Senado. Quer evitar ainda que o PT seja obrigado a fechar uma parceria com o senador Magno Malta, palanque no qual não subiria.



Do outro lado, a candidatura do senador tucano Aécio Neves e os aliados que têm no Estado dentro do partido abririam a porta para que o ex-governador pudesse disputar a eleição pelo PSDB, até porque a sigla precisaria de uma liderança para puxar o palanque majoritário, já que suas costuras até o momento são todas em direção à proporcional. Mas para receber Hartung, o PSDB precisaria primeiro encontrar uma forma de apaziguar os ânimos dentro do partido, ainda acirrados desde a convenção para o diretório da Capital, em março passado.



O PSDB do Estado está enfraquecido por conta do desempenho das últimas eleições, o que, aliás, é uma dos pontos de conflito dentro do partido. Apesar de ter como aliados os comandantes da sigla, há dentro do PSDB muita resistência ao nome do ex-governador, por conta da eleição de Vitória em 2012.

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