Não houve entendimento e o bloco de seis vereadores contrários ao continuísmo do PPS no comando da Câmara de Vitória se distanciou do prefeito Luciano Rezende (PPS). Nesta quinta-feira (26), o grupo registrou chapa para concorrer com o candidato do prefeito nas eleições para a Mesa Diretora, em agosto próximo, com Cleber Felix (PP) candidato a presidente.
Confirmando o racha, os vereadores mais ligados a Luciano responderam à movimentação e, horas depois, registraram a chapa da situação, com Leonil Silva (PPS) no cargo de presidente. Esse bloco conta com quatro vereadores do PPS, partido do prefeito.
Nessa quarta-feira (25), os vereadores da “rebelião”, como o bloco é chamado, estiveram reunidos com Luciano Rezende, mas não chegaram a um consenso e mantiveram a posição, apesar das pressões que sofrem desde o final de 2017, quando o movimento foi iniciado.
Os vereadores Sandro Parrini (PDT), Cleber Felix (PTB), Natan Medeiros (PSB), Davi Esmael (PSB), Dalto Neves (PTB) e Luiz Paulo Amorim (PV) formalizaram o registro da chapa nesta quinta-feira, penúltimo dia para as inscrições, que se encerram nesta sexta-feira (27). A eleição ocorrerá entre 1º e 15 de agosto.
Na chapa do bloco da situação estão, além de Leonil, Fabrício Gandini, Vinícius Simões (atual presidente), Deninho Silva, todos do PPS, além de Neuzinha de Oliveira (PSDB) e Max da Mata (PSDB).
Contando com o apoio do vereador Roberto Martins (PTB), o grupo de oposição atinge a maioria, o que significa que o partido do prefeito deve perder o controle do Legislativo, ocupado desde o primeiro mandato de Luciano, com Fabrício Gandini e, atualmente, Vinícius Simões.
Na eleição de Vinícius Simões, ficou acertado que seu substituto seria o vereador Leonil Silva, líder de Luciano Rezende na Câmara, mantendo o controle no PPS, que ocupa também a presidência de comissões mais importantes e muitos cargos comissionados.
O grupo puxado por Cleber ressalta, porém, que não pretende fazer oposição ao prefeito. O objetivo, segundo eles, é ampliar o debate a projetos do Executivo e, também, trabalhar para melhorar a distribuição de encargos e serviços.