Sábado, 04 Mai 2024

Vaga no Senado tem causado conflitos internos nos partidos

Vaga no Senado tem causado conflitos internos nos partidos
Enquanto o campo de disputa majoritária e a aglomeração em coligações proporcionais ainda não chegam a uma definição, os partidos vêm discutindo suas peças para a disputa da única vaga a ser aberta no Senado nas próximas eleições. E em alguns partidos, há quadros dispostos a ir para as prévias para conseguir a chance de disputar a eleição. 
 
A vaga em disputa é a que hoje é ocupada pela senadora petista Ana Rita, que entrou na suplência de Renato Casagrande, eleito governador em 2010. No PT, porém, tudo indica que a parlamentar não terá direito de disputar a reeleição.
 
Isso porque existe uma manobra fechada por cima, em nível nacional, para que um palanque formado pelo ex-governador Paulo Hartung (PMDB) dispute o governo, tendo o ex-prefeito de Vitória, João Coser, como candidato ao Senado, com o objetivo de isolar o palanque socialista nos estados, que tem como candidato a presidente o governador de Pernambuco Eduardo Campos, correligionário de Casagrande.
 
Mas não é só no PT que a disputa interna pelo Senado vem movimentando os filiados. No ninho tucano, a possibilidade de o coronel Sérgio Aurich poder disputar a vaga, com o apoio da base jovem do PSDB, causou reações das alas do partido ligadas ao ex-governador Paulo Hartung, de quem Aurich é desafeto político. 
 
Com isso, há uma tentativa de convencer a ex-deputada federal Rita Camata a entrar na disputa novamente. Ela vem se mostrando resistente à ideia, mas se aceitar o desafio, a possibilidade de haver prévias no PSDB é grande, já que Aurich não estaria disposto a desistir. 
 
No PMDB também existe a possibilidade de disputa interna. Se a aliança PT e PMDB não vingar, a deputada federal Rose de Freitas vem costurando sua candidatura ao Senado, mas se Hartung não se viabilizar para o governo, pode também brigar pela candidatura ao senado, o que levaria o partido a realizar prévias, já que Rose também vem se mostrando firme na intenção de disputar o Senado. 
 
No PR, pode haver dúvidas sobre a disputa ao governo, mas na vaga ao Senado o partido tem dado todas as garantias ao delegado de Delitos no Trânsito Fabiano Contarato para que ele dispute a vaga pelo partido. 
 
Em 2010, havia duas vagas em disputa, o que permitiu que cada palanque pudesse colocar dois nomes no cenário. Naquela ocasião, quatro nomes entram na disputa: Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR), no palanque de Renato Casagrande; Rita Camata (PSDB), no palanque de Luiz Paulo Vellozo Lucas e Professor Renato (Psol) ao lado de Brice Bragato, que disputou o governo. O ex-deputado José Carlos Gratz, no PSL, também colocou o nome, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral.
 
Ricardo Ferraço e Magno Malta eram parceiros, mas houve manobras para tentar evitar a eleição do republicano, com uma campanha casada clandestina entre Ricardo e Rita Camata. Como este ano apenas uma vaga estará em disputa, manobras como essa não serão possíveis no pleito de 2014.. 

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