Terça, 23 Abril 2024

Vereadores novatos lideram relação de menor custo por voto em Vitória

Vereadores novatos lideram relação de menor custo por voto em Vitória

 

O custo do voto dos novatos eleitos para a Câmara de Vitória foi 5% menor, na média, do que os vereadores reeleitos no pleito deste ano. É o que revelam os números das prestações de contas entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral. Na média, cada voto dos vereadores reeleitos teve um custo de R$ 11,67 contra R$ 11,08 dos estreantes.  



Segundo levantamento em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto mais barato nas eleições para o Legislativo da Capital foi obtido pelo professor Vinicius Simões (PPS), que “custou” R$ 1,16. Mais de 18 vezes menos do que outro estreante, o pastor Devanir Ferreira (PRB), que gastou R$ 21,80 por voto. 



No entanto, o custo dos votos do pastor acaba sendo uma exceção entre os novatos. Tanto que os próximos nomes na relação dos votos com maior custo são de vereadores reeleitos (veja tabela ao lado). A segunda posição desse ranking é ocupada pelo atual presidente da Casa, Reinaldo Bolão (PT), que gastou R$ 20,65 por voto. 



Em termos absolutos, a campanha do petista foi apenas a quinta colocada em gastos declarados. A lista de despesas na campanha foi liderada pelos vereadores reeleitos, Zezito Maio (PMDB), que gastou R$ 87.775,00 (custo por voto de R$ 20,35), e Fabrício Gandini (PPS), candidato mais bem votado do pleito, com R$ 77.868,00 (R$ 8,70). 



Figuram ainda no topo da relação, dois vereadores novatos: Luiz Emanuel Zouain (PSDB) e Marcelão, o Já Morreu (PT). A dupla foi impulsionada pelas siglas. Tamanho estímulo também se refletiu em maiores gastos de campanha. O tucano declarou R$ 73.498,58 (R$ 15,19) em gastos, enquanto o petista registrou despesas de campanha em R$ 72.270,77 (R$ 18,07). 



A disparidade entre gastos entre os vereadores novatos e os reeleitos pode ser vista no prosseguimento da relação. A vereadora reeleita Neuzinha de Oliveira (PSDB) e o estreante, o pastor Devanir Ferreira (PRB), gastaram R$ 55 mil cada. Na relação do custo por voto, o voto de Neuzinha saiu mais em conta do que Devanir: R$ 13,85 contra R$ 21,80. 



Em seguida, a relação de gastos declarados conta com os vereadores Serjão Magalhães (PSB), reeleito, que gastou R$ 45.711,20 (R$ 9,68), Davi Esmael (PSB), filho do ex-vereador e atual deputado estadual Esmael de Almeida (PMDB), que estreia no Legislativo, com gasto total de R$ 44.354,65 (R$ 8,94), além do atual vereador Max da Mata (PSD), que declarou despesas de R$ 37.084,00 (R$ 5,64). 



No final da relação aparecem os vereadores estreantes, o taxista Rogerinho Pinheiro (PHS), que declarou R$ 24.760,20 (R$ 10,42) em despesas, Wanderson Marinho (PRP), R$ 6,6 mil (R$ 1,98), e Vinicius Simões, que declarou ter gastado apenas R$ 3.110,35 na campanha. 



O vereador reeleito Luizinho Coutinho (PDT) também aparece entre os que menos gastaram R$ 10.302,96 (R$ 2,84), mas o valor é incompatível com a arrecadação – o pedetista arrecadou R$ 50.605,42, registrando um incomum superávit de quase 400%. De acordo com a legislação eleitoral, os valores não utilizados na campanha deverão ser recolhidos para a conta do diretório municipal do partido. 



O único candidato eleito que não tinha registro de prestação de contas no sistema da Justiça Eleitoral, até o fechamento da reportagem, foi o vereador reeleito Namy Chequer (PC do B). 



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