Sexta, 17 Mai 2024

Vitória de Coser no PED consolida pragmatismo do PT capixaba

Vitória de Coser no PED consolida pragmatismo do PT capixaba
O Processo de Eleição Direta (PED) do PT chega ao fim neste domingo (10) e a tendência é de que o ex-prefeito de Vitória, João Coser, da corrente  Alternativa Socialista (AS), com o apoio dos Independentes, da Democracia Socialista e de parte da Construindo um Novo Brasil (CNB), confirme a vitória, mantendo seu grupo no controle do partido no Estado.
 
Um resultado que não reflete o sentimento do PT capixaba. Formado por várias correntes ideológicas, muitas conflitantes, não será a militância histórica que irá decidir a eleição. 
 
Graças a uma estratégia montada no final do ano passado, no período de filiações, o ex-prefeito garantiu uma maioria de votos com a entrada de muitos novos filiados, com pouca ou nenhuma identidade com as origens do partido. Exemplo disso aconteceu em Linhares, no norte do Estado, onde o partido sempre teve uma representação pequena, mas que registrou cerca de três mil filiados no ano passado. 
 
Como o processo é de escolha direto, esses novos filiados vão dar a sustentação necessária à eleição de Coser. Os dois candidatos concorrentes: a senadora Ana Rita Esgário, da corrente Articulação de Esquerda e o subsecretário de Direitos Humanos do Estado, Perly Cipriano, da CNB, tentaram uma ofensiva nos debates, mas a estratégia não deve reverter o favoritismo de Coser. 
 
Isso porque os debates são voltados para a militância ideológica que, diante das filiações em massa, viraram minoria no partido. Foi esse mesmo segmento que no passado externou as divergências do partido durante o governo Vitor Buaiz, que não recorreu a essas estratégias de maioria numérica e acabou perdendo o apoio da maioria petista.
 
O ex-prefeito deve vencer com a estratégia numérica, acentuando o perfil pragmático que tomou conta do partido desde a chegada de algumas lideranças ao poder, como o próprio Coser, que ficou oito anos à frente da prefeitura de Vitória e seus aliados, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione, e o prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski, que chegou a pertencer à Força Socialista, a ala mais radical do PT, que tinha no Estado como representante a ex-deputada estadual Brice Bragato. 

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