Agentes do combate à dengue protestam nesta sexta-feira em Cariacica
Mais de 300 agentes de combate às endemias (ACE) e os agentes comunitários de saúde (ACS) de Cariacica realizam um novo protesto nas ruas do município nesta sexta-feira (20). Eles reivindicam a regulamentação profissional – emprego público –, soluções para a falta de condições de trabalho e para a carência de mão de obra, entre outros pontos.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais, Estaduais e Municipais em Saúde, Trabalho e Previdência (Sindsaudprev), Cariacica deveria ter 250 agentes de combate às endemias (ACE), mas tem 70, sendo apenas 30 concursados.
“Esses trabalhadores atuam no combate à dengue e a outras doenças. São de extrema importância para o município, mas a prefeitura não dá a atenção que eles merecem. Assim fica fácil para dengue fazer a festa para infelicidade da população”, ressaltou a coordenadora do Sindsaudeprev, Eliane Mauro.
O protesto dos ACE e os ACS está previsto para sair da Praça de Campo Grande às 8 horas. Eles devem seguir em caminhada até a Prefeitura de Cariacica, no Trevo de Alto Laje.
Eles esperam se reunir com o prefeito Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), para abrir um canal de diálogo com a prefeitura. Há mais de um mês, os ACS e ACE trabalham em operação tartaruga como forma de protestar contra a demora da prefeitura em atender as reivindicações da categoria.
Os ACS e ACE reivindicam regulamentação profissional, prevista pela Lei Federal 11.350/2006; equiparação salarial entre ACS (R$ 845) e ACE (R$ 745) e piso nacional de R$ 950; melhores condições de trabalho; concurso público com vagas para suprir a carência de trabalhadores.
Segundo o sindicato, Cariacica tem mais de 200 mil imóveis que demandam visitas dos ACE. E a meta do Ministério da Saúde de atendimento é de 800 a mil imóveis por bimestre. Eles alegam que a equipe de 70 ACE não é suficiente para enfrentar o mosquito.
Eles também reclamam das condições de trabalho. “Falta até cola para fixar a ficha de visita nas residências, lanternas para fazer a busca de focos em locais escuro. Nossos uniformes estão velhos. E a bolsa de trabalho ainda tem a marca da gestão pasaada”, relatou o delegado sindical de base, o ACE Ronaldo Carvalho.
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