Sábado, 20 Abril 2024

ANS suspende planos de 28 operadoras de saúde até, pelo menos, março deste ano

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta quinta-feira (10) a lista com a suspensão de 225 planos de saúde de 28 operadoras no País. A partir de segunda-feira (14) esses planos não poderão ser comercializados. 

 
Na lista da ANS consta uma operadora sediada no Estado, a SMS – Assistência Médica Ltda. Nove planos de saúde da operadora já tinham comercialização suspensa desde outubro de 2012 por descumprimento dos prazos máximos de atendimento definidos pela ANS. Na lista divulgada nesta quinta foram incluídos mais quatro planos do SMS Saúde. 
 
A venda dos planos de saúde deve ficar suspensa até março, mas prazo pode ser prorrogado em caso de reincidência. Os clientes de planos de saúde que estão com as vendas suspensas não sofrem alteração nos direitos. A suspensão é somente para a incorporação de novos clientes. 
 
Outra operadora de saúde que teve três planos com venda suspensa foi a Saúde Assistência Médica Internacional Ltda. Apesar de ser sediada em São Paulo, a operadora foi alvo de uma polêmica no Estado em 2012. 
 
A pedagoga Mary Stela Camillato fingiu ter uma arma e fez a gerente do plano de saúde refém em Vitória. Em depoimento ao jornal Folha de S. Paulo, a pedagoga relatou os momentos de tensão daquele dia. Ela contou que tinha uma liminar para garantir a garantir o atendimento ao pai, mas o plano não acatava. 
 
Ela explicou que o único hospital credenciado pelo plano para internação do pai dela – que descobriu um câncer após uma tomografia no crânio – não tinha a especialidade necessária, que é oncologia. Ao entrar em coma, teve de ser transferido para um terceiro hospital, já que a Justiça havia determinado a internação. De acordo com o depoimento dela, o plano havia negociado pagamento particular e o hospital deu alta ao paciente, já que a dívida estava muito grande. Ele ficou 15 dias sem atendimento, até que uma nova determinação judicial fosse emitida. 
 
Em um dia de quimioterapia agendada, o hospital entrou em contato com a pedagoga pedindo que ela não levasse o pai, já que o plano estaria pendente com valores. Ainda assim, ela compareceu ao hospital e depois foi à sede do plano, em Vitória questionar a gerente do plano, que respondeu que não tinha dinheiro para o tratamento, segundo depoimento de Mary e, num ato de desespero disse estar armada pata tentar conseguir atendimento.
 
A pedagoga contou ao jornal, ainda, que no escritório havia mais de 50 idosos aguardando para solucionar problemas semelhantes ao que ela tinha.  

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