Quinta, 25 Abril 2024

Após mobilizações, reunião sobre piso da Enfermagem tem data marcada

fabiano_contarato_pedro_franca_agencia_senado Pedro França/ Ag.Senado
As mobilizações e o anúncio de uma paralisação da Enfermagem em todo Brasil movimentaram o debate sobre o piso salarial da categoria. De acordo com o senador Fabiano Contarato (Rede), uma reunião presencial com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), está marcada para a próxima segunda-feira (21), às 20h.

O anúncio foi feito nas redes sociais: "Amigos e amigas da enfermagem! Acabei de ter uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com o vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rego [(MDB-PB], e já está decidido que, na próxima segunda-feira (21), teremos uma reunião para discutir o andamento do PL 2564, que institui o piso salarial nacional para os profissionais da enfermagem", disse.

No vídeo, o parlamentar capixaba, autor do projeto de lei que tramita no Senado, incentivou as reivindicações da categoria. "Estamos aqui na luta intransigente para valorização desses profissionais, porque a dignidade profissional passa, obrigatoriamente, pela dignidade salarial e de carga horária. Contem sempre comigo. Continuem nessa luta, na defesa desse projeto, nas redes sociais, mobilizando a todos na defesa do PL 2564", declarou.

Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros-ES), Valeska Fernandes Morais, a definição de um novo debate teve influência da mobilização da categoria, que desde o dia 7 de junho permanece em estado permanente de mobilização, com um indicativo de greve para o próximo dia 30. "Acredito que o apelo da categoria, em Minas Gerais, tenha contribuído, sim, para esse avanço".

Nessa segunda-feira (14), representantes sindicais da Enfermagem realizaram atos em Belo Horizonte (MG), onde mora o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Os profissionais cobraram a votação do projeto que fixa os novos valores do piso. Na semana anterior, uma reunião para discutir o tema já tinha sido adiada pelo líder da Casa.

"As entidades passaram todo o dia 14, na capital mineira, onde ratificaram a paralisação nacional para o dia 30 de junho. Também realizaram atos, carreata e entregaram documentos solicitando apoio aos parlamentares estaduais e municipais, junto ao presidente Rodrigo Pacheco, para encaminhar a votação do projeto do piso salarial da categoria", informa nota do Sindienfermeiros-ES.

No Espírito Santo, a categoria acompanha as pautas nacionais. Em uma assembleia virtual realizada no último dia 7, os profissionais capixabas aderiram à mobilização e ao indicativo de paralisação para o dia 30 de junho.

Caso o projeto de lei seja aprovado, o piso salarial dos profissionais será fixado em R$ 7,3 mil mensais para enfermeiros, R$ 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e R$ 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras. No caso dos enfermeiros, o valor estabelecido pelo projeto é para 30 horas semanais.

Entraves

Entre os representantes de empresários, entidades, planos de saúde e municípios, o posicionamento contrário ao projeto é justificado por um possível impacto financeiro que seria causado pela aprovação da matéria, posição apoiada também pela Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes).

Em entrevista recente ao Século Diário, Valeska Fernandes Morais ressaltou que os valores propostos são menores do que salários que já são pagos para outros servidores da Saúde, como os profissionais da Medicina.

"Quando você chega no posto de saúde, no hospital, quem é que vem te atender? A enfermagem. Na hora de ir embora, quem está lá de novo? Para te explicar, te orientar? É a enfermagem. Nós somos os primeiros a chegar e os últimos a sair", ressaltou.

Na reunião do dia 7 de junho, integrantes sindicais também aprovaram a manutenção dos valores iniciais presentes no projeto de lei, sem nenhuma redução. "O momento é agora. Não vamos esperar ter uma nova pandemia, uma nova doença, para avaliarem a utilidade e a valorização da enfermagem de novo, porque nós também estamos morrendo", declarou Morais.

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Comentários: 2

marcio ricardo de oliveira em Quinta, 15 Julho 2021 12:10

30.anos esperando um piso salarial deveria o congresso nacional ter vergonha disso pois esses empresários da saúde privada ga ham. verdadeiras fortunas e alegam prejuízos vms parar e ver como vai ser a saúde sem enfermeiros até porque médicos tem maiores salários e são mais reconhecidos que os enfermeiros mas quem passa o tempo todo com o paciente somos nós

30.anos esperando um piso salarial deveria o congresso nacional ter vergonha disso pois esses empresários da saúde privada ga ham. verdadeiras fortunas e alegam prejuízos vms parar e ver como vai ser a saúde sem enfermeiros até porque médicos tem maiores salários e são mais reconhecidos que os enfermeiros mas quem passa o tempo todo com o paciente somos nós
Isaura de Jesus Teixeira Corrêa em Domingo, 18 Julho 2021 21:39

Meu filho escolheu essa profissão com muito orgulho, pois era isso que ele queria. Por outro lado eu como mãe, sabia das dificuldades que ele enfrentaria e não deu outra, o salário mal da pra se sustentar e ainda comprar uniformes, então eu continuo ajudando como posso, também "é vergonhoso dizer q tenho q remendar o uniforme", pq não dura muito, principalmente a calça, e até mesmo o calçado eu remendo. Mas vergonhoso é saber que verba pra paletó entre outras regalias o governo sempre tem e sempre terá.
Enquanto aqueles q arriscam suas vidas e por consequência a vida dos seus familiares, todos os dias, principalmente nesta pandemia, não são reconhecidos, muito menos valorizados.
"A cura vem pela bondade de Deus, através da ajuda da mão de um ENFERMEIRO"

Meu filho escolheu essa profissão com muito orgulho, pois era isso que ele queria. Por outro lado eu como mãe, sabia das dificuldades que ele enfrentaria e não deu outra, o salário mal da pra se sustentar e ainda comprar uniformes, então eu continuo ajudando como posso, também "é vergonhoso dizer q tenho q remendar o uniforme", pq não dura muito, principalmente a calça, e até mesmo o calçado eu remendo. Mas vergonhoso é saber que verba pra paletó entre outras regalias o governo sempre tem e sempre terá. Enquanto aqueles q arriscam suas vidas e por consequência a vida dos seus familiares, todos os dias, principalmente nesta pandemia, não são reconhecidos, muito menos valorizados. "A cura vem pela bondade de Deus, através da ajuda da mão de um ENFERMEIRO"
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