Casos de dengue crescem 34% em 2013 no Espírito Santo

Segundo o Mapa da Dengue, divulgado nesta terça-feira (19), pelo Ministério da Saúde, os casos de dengue registrados este ano no Estado cresceram 34,14% em relação a 2010. Somente neste período, o Estado registrou um crescimento também no número de mortes, que em 2010 foi de 13; e em 2013, 23.

 

Já os casos graves da doença, apresentaram um crescimento um pouco menor: 218 casos. 

 

De acordo com os dados do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 1º outubro e 08 de novembro deste ano em 1.315 cidades, no País há 524 cidades listadas como em alerta, 157 municípios como em situação de risco e 157, em situação de risco e 633 cidades com índice satisfatório.

 

Na lista, a Capital do Estado chama atenção no levantamento do órgão por figurar na listada dos municípios em situação de alerta. 

 

Na tentativa de reverter esse quadro, o Ministério da Saúde anunciou o repasse de R$ 7.442 milhões para o Espírito Santo, que deverão ser destinados para ações de enfrentamento à dengue. 

 

O objetivo é intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue. Para todo o País serão repassados R$ 363 milhões, de acordo com Portaria assinada nesta terça (19) pelo ministro Alexandre Padilha. 

 

Em contrapartida, os municípios precisam cumprir metas como assegurar a quantidade adequada de agentes de controle de endemias, garantir a cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e realizar o LIRAa.

 

Segundo o LIRA´s, as capitais classificadas em situação de risco, são: Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho. Outras 11 – Boa Vista, Manaus, Palmas, Salvador, Fortaleza, São Luís, Aracaju, Goiânia, Campo Grande; Rio de Janeiro e Vitória -  apresentaram situação de alerta e seis estão com índices satisfatórios (Macapá; João Pessoa; Teresina; Belo Horizonte; Curitiba e Porto Alegre). Sete capitais - Belém, Maceió, Recife, Natal, São Paulo e Florianópolis - ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa.

 

O levantamento incluiu também a listagem dos locais com maior incidência de focos. De acordo com o LIRA´s, a região Sudeste, 47,9% dos focos estão dentro das residências, no Nordeste, o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação, com índice de 75,9%. Já o Sul e o Centro-Oeste têm no armazenamento de lixo o principal desafio, com taxas de 81,2% e 49,7%, respectivamente.

 

Em 2013, alertou o Ministério da Saúde, foram notificados 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no país, em decorrência de uma maior circulação do subtipo tipo 4 do vírus causador da doença, que respondeu por 60% dos casos.

 

A região Sudeste, responsável por 63,4% dos casos, com 936.500 registros, tem o maior número de ocorrências; seguida pela região Centro-Oeste (271.773); Nordeste (149.678), Sul (70.299) e Norte (48.667).