Sábado, 20 Abril 2024

Diagnóstico de crianças com Aids no Estado é feito tardiamente

De acordo com um estudo realizado com crianças e adolescentes atendidos no Hospital l Estadual Infantil de Vitória, entre 2001 e 2011, a maioria dos 177 pacientes teve diagnóstico tardio do HIV. Isso ocorreu porque a doença já estava em estágio grave quando os pacientes procuraram o serviço de Aids da Unidade.
 
A pesquisa foi publicada na edição deste mês da reconhecida revista científica editada pela Public Library of Science (PLoS One) e foi conduzida pela coordenadora do Programa de HIV/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Sandra Fagundes. O levantamento apontou que somente durante o período do estudo, 26 desses meninos e meninas morreram. 
 
A causa dessas mortes é a não realização do teste para identificar o vírus durante o pré-natal.
 
Além de constatar o diagnóstico tardio da doença, o trabalho descreve as principais doenças que surgem em decorrência do diagnóstico tardio do HIV em crianças capixabas e faz um alerta aos médicos sobre a importância de solicitar o exame.
 
“É um estudo sobre o que está acontecendo com as crianças com Aids no Espírito Santo. Observamos as principais doenças que surgem em decorrência do diagnóstico tardio e as principais causas de morte nesse período de 11 anos”, salienta Sandra Fagundes, que também é médica do serviço de Aids do Hospital Estadual Infantil de Vitória.
 
Um dos principais benefícios do trabalho divulgou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa),  será sua aplicabilidade na rede pública de saúde.
 
A conclusão da pesquisa, divulgou a Sesa, alerta os médicos das unidades de saúde sobre a importância de se realizar o teste de Aids em gestantes, um dos exames de maior importância durante o pré-natal. O alerta também vale para pediatras que atendem crianças com algumas doenças como fígado e baço grandes e ínguas – três dos problemas mais comuns em crianças com Aids em estágio avançado.
 
“Essas crianças só adquiriram o HIV porque não foi feito teste durante a gravidez. Se isso fosse feito, poderia ter sido iniciado o tratamento da mãe, evitando nascimento do bebê com o vírus”, ressalta a coordenadora. A taxa de incidência de transmissão vertical do vírus (quando ocorre na gravidez) no Espírito Santo, em 2013, foi de 2,5 casos para cada 100 mil habitantes.

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