Sexta, 19 Abril 2024

Enfermeiros pedem aprovação do piso salarial e reafirmam luta pelas 30h

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Leonardo Sá

No Dia Mundial da Saúde, nesta quinta-feira (7), a categoria da enfermagem foi às ruas em todo o país pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 2564, que estabelece um piso salarial para os trabalhadores. Além disso, também foi pautado o prosseguimento da luta pela carga horária de 30h semanais. Em Vitória, a manifestação teve concentração na praça Costa Pereira, no Centro da Capital, de onde seguiu para o Palácio Anchieta, sede do governo do Estado.

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O PL do piso salarial é de autoria do senador Fabiano Contarato (PT). Em sua proposta inicial, o parlamentar defendeu piso salarial de R$ 7,3 mil mensais para enfermeiros, de R$ 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e de R$ 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras. O valor estabelecido pelo projeto, no caso dos enfermeiros, era para jornada de 30 horas semanais. Em caso de jornadas superiores, o piso teria a correspondência proporcional.

Para o projeto ir ao plenário no Senado, após 18 meses de impasse, foi preciso fazer concessões. O valor do piso para enfermeiros ficou em R$ 4,75 mil para carga horária de 40 ou 44 horas, conforme o contrato de trabalho. Portanto, quem faz carga horária de 30 horas receberá valor inferior ao piso. A remuneração para os técnicos ficou em R$ 3,29 mil, o que equivale a 70% do valor previsto para os enfermeiros. Já o salário dos auxiliares e parteiras, 50% do que será pago para os enfermeiros, totalizando R$ 2,35 mil.

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O ato foi organizado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros-ES), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindsaúde/ES), Associação Estadual dos Profissionais da Saúde (AEPS), Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e Sindicato dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos).

A presidente do Sindienfermeiros, Valeska Fernandes, destaca que a enfermagem contempla 70% da força de trabalho dos serviços de saúde. Em meio à categoria, 80% são mulheres, grande parte delas arrimo de família. Para a presidente do Coren, Andressa Barcellos, a luta dos trabalhadores "não se trata de corporativismo, mas de compromisso com a saúde do povo brasileiro".

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A expectativa da categoria é, após aprovar o PL, fortalecer a luta pela jornada de 30h sem prejuízo salarial. "Nós lutamos para valorizar a vida, por uma política de saúde melhor nas comunidades, nas Unidades Básicas de Saúde [UBS]. Sabemos que nossos serviços de saúde estão precarizados, sucateados por uma política perversa. Nós queremos as 30h, condições dignas de trabalho, isso é mais do que merecido", diz a diretora do Sindipúblicos, Magna Nery Manoeli.

"Nada mais justo do que os deputados, senadores, o governo brasileiro e a sociedade reconhecerem a relevância da nossa profissão. A sociedade nos vê como auxiliares de outras categorias da saúde, mas temos teorias e fundamentos próprios, e muitos de nós não têm dignidade, não conseguem ver o filho, ter convivência familiar, precisam estar de plantão em plantão para trazer sustento para casa", ressalta Andressa. 

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Comentários: 1

LILIA MAGNO DA SILVA em Domingo, 10 Abril 2022 11:21

Esses deputados safados que sao comprados por empresa ,pagam um salario de fome para os tecnicos que estao morrendo dentro dos hospital sem apoio de ninguem

Esses deputados safados que sao comprados por empresa ,pagam um salario de fome para os tecnicos que estao morrendo dentro dos hospital sem apoio de ninguem
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Sexta, 19 Abril 2024

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