Domingo, 19 Mai 2024

Entidades de classe fazem 'blitz' nos hospitais em protesto contra o programa Mais Médicos

A mobilização da classe médica contra propostas recentes do governo federal de contratar médicos estrangeiros e sem a aplicação da prova Revalida, através do programa Mais Médicos, começou na manhã desta terça-feira (30) no Estado com uma visita surpresa ao Hospital São Lucas, que funciona provisoriamente do Hospital da Polícia Militar (HPM). 
 
Nesta terça e quarta-feira (31), os médicos não prestaram atendimento em exames e consultas agendadas, de acordo com orientação nacional. Os únicos atendimentos prestados nos dois dias de paralisação são as urgências e emergências. 
 
A inspeção da manhã desta terça-feira ao São Lucas foi feita pelos presidentes do Conselho Regional de Medicina (CRM-ES), Aloísio Faria de Souza; do Sindicato dos Médicos (Simes), Otto Batista; e da Associação Médica do Estado (Ames), Carlos Magno Pretti Dalapicola. Os médicos encontraram pacientes aguardando atendimento nos corredores, banheiros sujos e instalações elétricas precárias. 
 
Ainda na tarde desta terça, os médicos que participam da mobilização realizam atendimentos à população, com aferição de pressão e teste de glicose, em frente à Assembleia Legislativa, em Vitória. 
 
Nesta quarta-feira as entidades médicas realizam novas visitas a hospitais, que não foram divulgados e às 17 horas planejam ato público em frente ao CRM, no bairro Bento Ferreira, em Vitória. 
 
Mais Médicos
 
As entidades médicas questionam o programa Mais Médicos, do governo federal, criado a partir da Medida Provisória 621/2013. Para os médicos, não existe a necessidade de contratação de médicos estrangeiros, e sim de garantias de que os médicos brasileiros tenham condições de prestar atendimento nas áreas mais vulneráveis do País. 
 
O Conselho Federal de Medicina ajuizou ação civil pública questionando a Medida Provisória que cria o programa federal. já a Advocacia Geral da União enviou informações sobre o programa à Justiça Federal, afastando a legitimidade do CFM para discutir o assunto judicialmente.
 
A Associação Médica Brasileira (AMB) também ingressou com mandado de segurança coletivo com pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) em face da presidente da República, Dilma Rousseff contra o Mais Médicos. Mas o ministro Ricardo Lewandowski, no exercício da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nessa sexta-feira (26), pelo indeferimento. 

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