Sexta, 29 Março 2024

ES aumenta população em risco alto e reduz isolamento social

teste_rapido_covid_agencia_brasil Sayonara Moreno/Agência Brasil

O Painel Covid-19 deste sábado (20) confirmou mais 1.006 casos e 30 óbitos no Espírito Santo em decorrência da doença, totalizando 34.238 pessoas confirmadas e 1.297 mortes até o momento. 

A letalidade está em 3,79% na média estadual e o percentual de positivos foi de 72% entre os 1.389 resultados de testes liberados nas últimas 24 horas, acumulando 85.532 já realizados no Estado. 

A ocupação de leitos de UTI, neste sábado (20), está mais grave na região norte, com 84,62%, seguida da região metropolitana (82,54%), região sul (80%) e central (73,53%). A média estadual está em 82,07%.

O isolamento social informado pelo governo do Estado, com referência à sexta-feira (19) foi de 44,63%, o segundo menor do gráfico disponível no portal Coronavirus, que tem início no dia 13 de abril e cujo menor índice foi registrado no dia 10 de junho, de 44,38%.

Já segundo a empresa de tecnologia InLoco, que realiza monitoramento do isolamento social em todo o país a partir dos dados enviados pelas operadoras de telefonia de celular, o percentual registrado no Espírito Santo nesta sexta-feira (19) foi de 35,3%, o menor desde 18 de março, segundo o seu monitoramento.

Os índices da Inloco são diferentes dos publicados no Painel Covid-19, apresentando, via de regra, percentuais menores. Segundo a empresa, recentemente ela passou a adotar uma "tecnologia 30 vezes mais precisa que a do GPS", alcançando "uma versão mais consistente do Índice, com um algoritmo de distanciamento mais preciso, em uma plataforma mais performática. Diante disso, o Índice de Isolamento Social poderá apresentar alguma variação com relação aos números previamente disponibilizados".

Mapa de risco

Subiu para 38 o número de municípios capixabas com risco alto para o coronavírus, segundo o 10º Mapa de Risco Covid-19 do Espírito Santo, que começa a vigorar nesta segunda-feira (22). Outros 40 estão em risco moderado.

Na atualização, entram Aracruz, Guaçuí, Rio Novo do Sul, São Gabriel da Palha e Vila Valério e saem Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte e Ibitirama. A classificação é válida por no mínimo 14 dias para os municípios de risco alto. Já os de risco moderado podem alterar o status para alto na próxima atualização semanal.

De 22 a 28 de junho, estarão no grupo de risco alto os seguintes municípios: Afonso Claudio, Águia Branca, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Anchieta, Aracruz, Baixo Guandu, Boa Esperança, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Divino de São Lourenço, Ecoporanga, Fundão, Guaçuí, Guarapari, Ibiraçu, Itapemirim, Itarana, João Neiva, Mantenópolis, Marataízes, Marechal Floriano, Mucurici, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São José do Calçado, São Roque do Canaã, Serra, Viana, Vila Valério, Vila Velha e Vitória.

E no grupo de risco moderado estão: Água Doce do Norte, Alegre, Apiacá, Atílio Vivacqua, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Castelo, Conceição da Barra, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Governador Lindemberg Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Iúna, Jaguaré, Jerônimo Monteiro, Laranja da Terra, Linhares, Marilândia, Mimoso do Sul, Montanha, Muniz Freire, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, São Mateus, Sooretama, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante e Vila Pavão.

Com relação ao funcionamento do comércio, ele fica fechado aos fins de semana e feriado em todo o Estado e, nas cidades de risco alto, funciona, de segunda a sexta-feira, de forma alternada, com algumas lojas abrindo às segunda, quartas e sextas, e outras às terças e quintas, invertendo a rodízio na semana seguinte. O uso de máscaras é obrigatório em todo o Estado nas ruas e estabelecimentos comerciais e públicos.

Matriz de Risco

A estratégia de mapeamento de risco teve início no dia 20 de abril, considerando apenas o coeficiente de incidência. Duas semanas depois, no dia quatro de maio, foi inserida a matriz de risco como ferramenta do mapa de risco, constando o coeficiente de incidência e taxa de ocupação de leitos de UTI. Em mais duas semanas, em 18 de maio, a matriz de risco foi ampliada com a inserção da taxa de letalidade, índice de isolamento social e percentual da população acima de 60 anos. 

Uma ação impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF) pede que o Estado inclua o Índice de Transmissão (Rt) na matriz. Nesta sexta-feira (19), o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) cassou uma liminar expedida pela Justiça estadual, no âmbito de uma ação civil pública ajuizada pelo governo do Estado, que trancava o andamento do processo do MPF. Com isso, os pedidos do órgão ministerial voltam a tramitar. Segundo a terceira etapa do inquérito sorológico, o Rt estadual está em 1,5, em 1,6 na Grande Vitória e em 2,1 no interior do Estado, indicando uma velocidade perigosa de avanço da doença.

O mapa de risco segue orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle, composta pelo Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), Defesa Civil, Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes).


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