Quarta, 15 Mai 2024

Estado receberá novos medicamentos para tratamento de hepatite C

Nesta terça-feira (07) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o registro do daclatasvir, primeiro medicamento oral para o tratamento da hepatite C a ser usado no Brasil. O medicamento deve chegar ao Estado até o meio do ano e promete aumentar a eficiência do tratamento da doença.
 
Outros dois medicamentos (sofosbuvir e simeprevir) ainda devem ser aprovados pela Anvisa, todos eles com índice de cura de 90% e poucos efeitos colaterais, diferente dos tratamentos utilizados atualmente, que tem índice de cura entre 30% e 60%. Além da maior eficácia, o novo medicamento também reduz o período de tratamento de 48 para 12 semanas. O registro dos três remédios e a incorporação deles ao SUS era uma demanda das associações voltadas para a hepatite C.
 
Os três produtos já estão sendo fabricados para atender a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, os medicamentos ainda precisam passar pela avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS para que sejam utilizados na rede pública, processo com duração de aproximadamente seis meses.
 
De acordo com o coordenador do Programa de Hepatites Virais do Estado, Moacir Soprani, os novos medicamentos serão utilizados em situações especiais: “Serão priorizados casos em que o paciente já passou pelo tratamento tradicional e não obteve resposta positiva ou em casos mais graves”, explicou o infectologista. O médico ainda adianta que, apesar do protocolo de tratamento ainda não ter sido aprovado, os três medicamentos devem ser utilizados em conjunto para o tratamento da hepatite C.
 
Hepatite C
 
A hepatite C é uma doença causada pelo vírus HCV e transmitida principalmente pelo sangue, mas também pelo contato sexual ou por mães para bebês durante a gravidez. Cerca de 20% dos casos da enfermidade podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer no fígado. Atualmente, 15,8 mil pessoas tratam a enfermidade na rede pública brasileira.

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