Quinta, 18 Abril 2024

Famoc defende que Hospital Geral de Cariacica deve ter conceito sustentável

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A Federação das Associações de Moradores de Cariacica (Famoc) defende que o Hospital Estadual Geral de Cariacica seja um equipamento sustentável para compensar, minimamente, o fato de que está sendo construído em uma Área de Preservação Permanente (APP), tendo, inclusive, sido destruída uma nascente. "Deveria ter, por exemplo, aproveitamento de água da chuva e energia solar", diz o presidente da Famoc, Dauri Correa. A ordem se serviço da segunda fase da obra foi assinada pelo governador Renato Casagrande (PSB) em 27 de janeiro.

Assinatura da Ordem de Serviço da segunda fase. Foto: Governo do Estado

O hospital será na Rodovia Leste-Oeste, em Campo Belo. Nesta nova fase, o terreno contará com uma área total construída de 37.976,67 metros quadrados, distribuída em seis blocos. O investimento é da ordem de R$ 146 milhões, com prazo de execução de 1.260 dias. Dauri recorda que a nascente foi destruída já no início da primeira fase de obras, quando desmontaram a área, retiraram resíduos de flora, fizeram sistema de drenagem e construíram a base da infraestrutura. Uma das consequências, explica Dauri, será o processo de ilha de calor.

Obra do Hospital Geral de Cariacica. Foto: Governo do Estado

"Claro que não é o fato isolado da destruição da nascente que contribui com isso, mas esse fato, somado à chegada de mais concreto, asfaltamento betuminoso. A nascente faz o processo de evaporação, trazendo o frescor. É uma questão de qualidade de vida", diz o presidente da Famoc. Segundo veículos de comunicação oficiais do governo do Estado, para esta nova etapa, o Hospital Estadual Geral de Cariacica passará a englobar também em sua obra o conceito de sustentabilidade.

Esse conceito inclui a construção de uma estação de tratamento de esgoto e reuso de água servida; captação da água de chuva para irrigação dos jardins; uso de energia solar no sistema 'grid-tie', que é quando a energia solar é transformada em energia elétrica e volta para a rede da concessionária. Dauri afirma que a Famoc irá fiscalizar para que, de fato, essas ações sejam colocadas em prática.

Impasses quanto ao local

Dauri recorda que o Hospital Geral de Cariacica foi uma conquista do Orçamento Participativo Metropolitano, em 2013, com previsão de início das obras em 2014. Entretanto, aconteceram muitos impasses em relação à localização do hospital. "Em 2015, em reunião com a Sesa [Secretaria de Estado da Saúde], da qual a Famoc e a secretaria de Articulação de Governo da Prefeitura de Cariacica participaram, fomos informados de que um prédio ao lado do estádio Kleber Andrade seria adquirido por R$ 19 milhões para construção do hospital", destaca.

Na ocasião, ele diz, o movimento popular foi contrário, pois trata-se de um lugar de difícil acesso por meio de transporte público, além de barulhento, devido aos jogos e outras atividades do estádio. "Sugerimos, então, o prédio da antiga Braspérola, que tem uma boa localização para quem vem da região serrana a para o conjunto da região metropolitana, além do fácil acesso pelas BRs 262, 101 e 447, por exemplo", explica. O local escolhido, porém, foi o Loteamento Parque Leste Oeste, apesar das ressalvas feitas pelo movimento popular.

Dados sobre o hospital

O hospital receberá um pronto-socorro clínico e cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), maternidade de alto risco e cuidados intensivos neonatais. Também serão atendidas especialidades, como clínica médica, neurologia, nefrologia, cardiologia, cirurgia geral, maternidade e cirurgia de cabeça e pescoço. A edificação está dividida em seis blocos. Um deles terá oito pavimentos, que vão abrigar pronto-socorro, farmácia, ambulatórios, centro de diagnósticos, centros cirúrgicos, internação, laboratórios, necrotério, setores administrativos, de limpeza e zeladoria, cozinha, lactário, manutenção, além de contar com 550 vagas de estacionamento e um heliponto.
Protótipo do Hospital Geral de Cariacica. Imagem: Sesa

A previsão de inauguração do Hospital Geral de Cariacica é para o segundo semestre de 2024. No total, serão 408 leitos, entre os censáveis, que são os de internação; e os não censáveis, que são os de apoio.

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Comentários: 3

Dauri Correia da Silva em Sábado, 30 Janeiro 2021 20:10

#SUS100%PÚBLICOeuniversal

#SUS100%PÚBLICOeuniversal
RONALDO CHAGAS em Domingo, 31 Janeiro 2021 07:08

Realmente destruíram duas nascentes na localidade. É bom lembrar, que a construção do terminal de Campo Grande, que fica em Cruzeiro do Sul, também destruiu a maior nascente da cidade.

Realmente destruíram duas nascentes na localidade. É bom lembrar, que a construção do terminal de Campo Grande, que fica em Cruzeiro do Sul, também destruiu a maior nascente da cidade.
JUNTOS em Domingo, 31 Janeiro 2021 16:25

Governador Renato Casagrande
A Constituição do Estado do Espírito Santo:
Seção II Da Saúde
Art. 159 A saúde é dever do Estado e direito de todos assegurado mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prevenção, proteção e recuperação.
Art. 160 O direito à saúde pressupõe:
II - respeito ao meio ambiente sadio e ao controle da poluição ambiental;

Governador Renato Casagrande A Constituição do Estado do Espírito Santo: Seção II Da Saúde Art. 159 A saúde é dever do Estado e direito de todos assegurado mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prevenção, proteção e recuperação. Art. 160 O direito à saúde pressupõe: II - respeito ao meio ambiente sadio e ao controle da poluição ambiental;
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