Quinta, 25 Abril 2024

Fiocruz mostra Espírito Santo em alerta sobre ocupação de leitos de Covid

leito_uti_secom_governo_es Secom/Governo ES
Secom/Governo ES

O Observatório Covid-19 da Fiocruz alerta gestores dos estados brasileiros sobre a necessidade de reabertura dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à Covid-19, sobretudo diante do novo crescimento da pandemia e circulação da variante Ômicron. Uma nota técnica divulgada nesta quarta-feira (12) mostra que, com 71% de ocupação dos leitos UTI-Covid, o Espírito Santo está entre os oito estados na zona de alerta intermediário, enquanto Vitória ocupa a mesma categoria entre as capitais, com 77% de ocupação.

O boletim se baseia em dados coletados na última segunda-feira (10). De acordo com o documento, 273 dos 384 leitos de UTI destinados à Covid-19 no Espírito Santo estavam com pacientes internados, representando uma taxa de ocupação de 71%. O boletim faz uma comparação com dados coletados no dia 2 de agosto de 2021, quando a taxa de ocupação era de 51%. Na ocasião, o Espírito Santo contava com 570 leitos UTI-Covid e 290 pacientes internados.

"O momento requer atenção cuidadosa dos gestores sobre a necessidade de reabertura de leitos de UTI Covid-19. Não é possível ignorar que o perfil das internações geradas pela infecção com a variante Ômicron será provavelmente muito diferente daquele registrado para as demais", diz a nota.

Também aparecem no nível intermediário de alerta os estados do Pará, com 71% de ocupação; Tocantins, com 61%; Piauí, com 66%; Ceará, com 68%; Bahia, com 63%; Goiás, com 67%; e Distrito Federal, com 74%. Com 82% de ocupação, Pernambuco está na zona de alerta crítico.

Na análise das capitais, Vitória também está na zona de alerta intermediário, com 77% de ocupação. Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão na zona de alerta crítico, enquanto Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), e Brasília (74%) estão na zona de alerta intermediário.

Os pesquisadores da Fiocruz orientam que os gestores façam análises locais e regionais, se preparando antecipadamente para um eventual aumento da demanda. "Tão importante quanto estar atento à necessidade de reabertura de leitos é reorganizar a rede de serviços de saúde no sentido de dar conta dos desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção, garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes, empregando, por exemplo, teleatendimento, e prosseguir na vacinação da população", informa o documento.

Em uma análise geral dos dados dos estados brasileiros, os pesquisadores ponderam que tanto o número de leitos quanto o número de internações em UTI no momento mostram um cenário diferente daquele observado em agosto, mas as próximas semanas precisam ser monitoradas. "Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, é fundamental ratificar a ideia de que há um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron. Dito isso, o cenário, neste momento, é incomparável àquele vivido em 2021, embora o grande volume de casos já esteja demandando, pelos gestores, atenção e acionamento de planos de contingência", ressaltam.

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