Sexta, 03 Mai 2024

Hospital São Lucas deixa de existir e servidores são espalhados por outros hospitais

Na última sexta-feira (7) o Hospital Estadual São Lucas, em Vitória, deixou de existir, com a transferência dos últimos pacientes que ainda estavam na unidade provisória, que funcionava no anexo do Hospital da Polícia Militar (HPM), para o Hospital Estadual Dório Silva, na Serra.



No entanto, para os servidores efetivos lotados no São Lucas, o clima ainda é de incerteza. A eles foram dadas três opções, sendo uma a de ir também para o Dório Silva; para o Hospital Infantil de Vitória, que também terá o pronto-socorro transferido provisoriamente para o HPM; ou aguardar a vaga em outro hospital de preferência.



Essa transferência para o hospital de preferência do servidor seria, por acordo, através de uma permuta. Essa “troca” seria com um servidor em designação temporária que aceitasse ou, também no caso de servidor temporário, o contrato de trabalho não seria renovado para a mesma unidade.



De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES), Valdecir Nascimento, o acordo para a transferência foi feito para não haver perdas financeiras.



No entanto, Valdecir acrescenta, a intenção do governo do Estado é terceirizar a gestão da maioria dos hospitais estaduais, assim como é Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), em Vitória – que, apesar de ser chamado de “novo São Lucas”, não se trata do mesmo hospital – o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra; e o Hospital Central, também em Vitória.



Desta forma, com a terceirização das gestões, os servidores ficariam sem espaço. Além dos três hospitais já terceirizados, há a intenção de terceirizar a gestão do Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha; o Hospital de São José do Calçado (HSJC), na região do Caparaó; o Hospital Silvio Avidos, em Colatina, na região noroeste; e o Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, no norte do Estado.



Valdecir faz uma analogia sobre a falta de espaço para servidores efetivos no Estado – são cerca de 8,5 mil – em virtude das terceirizações, já que as organizações que fazem gestão de hospitais é que são responsáveis por contratar trabalhadores. “Em qualquer momento constroem um gueto cercado com arame farpado, com policiais do lado de fora, em que o servidor bate ponto e fica esperando, porque não tem para onde mandar”, lamenta ele.

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