Sexta, 03 Mai 2024

Impasse entre cooperativas médicas e governo é tema da tribuna popular da Assembleia nesta segunda

Um dos temas da tribuna popular desta segunda-feira (6) na Assembleia Legislativa vai tratar do impasse entre as cooperativas médicas e o governo do Estado. 
 
A convite do deputado Hudson Leal (PTN), o médico Erick de Freitas Curi, presidente da Federação Brasileira das Cooperativas de Especialidades Médicas (Febracem), deve alertar a população sobre o fim do contrato das cooperativas médicas com o Estado, que hoje é mantido por força de uma liminar concedida na Justiça à Secretaria de Estado da Saúde, que obriga os médicos. Com a liminar atendimento está garantido até abril. Depois disso, não sabe o que vai acontecer quando 1,5 mil médicos pararem os atendimentos em oito especialidades: neurocirurgia, anestesia, cirurgia pediátrica, cirurgia geral, cirurgia plástica, ortopedia, vascular e intensivistas.
 
Curi já havia demonstrado sua preocupação com a situação, inclusive com os impactos no atendimento à população capixaba, durante audiência pública conjunta das comissões de Cooperativismo e Saúde no início do mês na Assembleia. “Atualmente, devido a uma decisão judicial, as cooperativas continuam prestando atendimento médico por um prazo de 90 dias, iniciado em 1º de fevereiro”, advertiu Curi à ocasião.
 
A queda de braço entre cooperativas médicas e governo segue cercada de tensão. De um lado os cooperados se queixam das Organizações Sociais (OSs), que não têm interesse em fechar contratos com as cooperativas, alegando que o custo do serviço é alto. 
Hoje, em média, um médico cooperado custa ao Estado R$ 135/hora. Geralmente, os médicos fazem quatro plantões de 24 horas/mês. Recebem mensalmente cerca de R$ 12 mil — há pequenas variações dependendo da especialidade. As cooperativas consideram o valor justo, já que só aceitam associar médicos especialistas. Um neurocirurgião, por exemplo, depois de cinco anos de residência, é submetido a uma prova. Só então ele recebe o título de especialista e pode ser aceito na cooperativa.
 
As cooperativas destacam a qualidade agregada aos atendimentos de urgência e emergência nos últimos 20 anos na rede pública estadual. Numa carta publicada nos jornais na semana passada, o neurocirurgião José Carlos Saleme exaltou a qualidade conquistada ao longo dessas duas décadas. “Queremos afirmar, com total conhecimento de causa, que o Espírito Santo oferece hoje, o melhor atendimento às emergências de todo o Brasil, até mesmo quando comparado com os mais sofisticados e caros hospitais privados. As deficiências que existem, se devem a deficiências institucionais”, afirmou o médico. 
 
Além do tema cooperativas médicas, mais dois assuntos serão tratados na tribuna popular desta segunda-feira. A organização do Sindicato dos Bibliotecários no Espírito Santo, tema proposto pelo deputado SérgioMajeski (PSDB); e a educação nos assentamentos rurais. A coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra do Espírito Santo, Fátima Ribeiro, abordará o tema pedagogia da alternância nas escolas de assentamento rural do Estado. Militantes do MST ocupam há três semanas a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), eles pressionam o governo a rever a política de educação que põe fim a pedagogia da alternância nos assentamentos do MST.

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