Sexta, 03 Mai 2024

Junta interventiva e diretiva toma posse no hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado

Na tarde desta terça-feira (29) tomaram posse na hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado (AFPES) as juntas diretiva e interventiva, formada por associados eleitos em assembleia geral extraordinária no dia 3 de junho. A destituição da atual diretoria do hospital foi determinada pela juíza Trícia Navarro Xavier Cabral, da 1ª Vara Cível de Vitória, que fez cumprir a decisão da assembleia.



Embora a decisão judicial tenha sido expedida em 8 de agosto, somente nesta terça-feira os associados tomaram posse. Era preciso que fossem citados todos aqueles que ocupavam a diretoria do hospital.



Depois da posse, os associados vão iniciar um processo para a convocação de novas eleições para uma nova diretoria. Até o momento, apenas uma chapa concorre ao pleito.



Apesar de a assembleia ter acontecido em 3 de junho, no auditório do Sindicato dos Estivadores do Estado ((Sindiestiva-ES), a decisão da maioria dos cerca de 5 mil associados não foi cumprida pela diretoria, o que levou o advogados dos associados, Alexandre Rossoni, a buscar as vias judiciais.



De acordo com a sentença, os associados vêm observando algumas irregularidades na administração do hospital, por isso foi proposta uma demanda para que fosse declarada a nulidade da última eleição a nulidade da condução do presidente ao cargo ocupado e a nulidade da alteração estatutária. No entanto, este processo foi extinto em razão na ilegitimidade dos postulantes e foi esclarecido que a destituição somente seria possível por meio de assembleia geral, o que foi feito.



O grande problema do hospital é que pessoas amadoras foram apontadas para cuidar do hospital, considerado de médio porte, sendo que é necessário que haja pessoas especializadas para tocar o hospital. A expectativa é colocar no hospital pessoas qualificadas do mercado para que o hospital possa ser recuperado para prestar atendimento à população, sanear as dívidas e fazer uma auditoria.



Sob essa administração, o hospital foi sucateado e, no momento, faltam medicamentos, aparelhos e até funcionários. A junta deverá “começar do zero”, inclusive na recomposição de andares inteiros que estão quebrados.



De acordo com os associados, o hospital vem sendo continuamente desmontado. As denúncias de extorsão, coação de testemunhas e superfaturamento na compra de produtos para o hospital foram denunciadas, inclusive ao Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), da Polícia Civil.



Segundo a denúncia, há furto de medicamentos e de materiais do hospital, incluindo tudo o que havia em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que foi completamente desmontada, não restando nem o sistema de ar-condicionado central do local.



Além disso, houve o arrendamento de outros prédios pertencentes à associação, como o ambulatório no bairro Ibes, em Vila Velha, sem que isso seja revertido em benefício dos associados, para melhorias no atendimento ou reformas no hospital. Também foram vendidos veículos da associação, como ambulâncias.



Atualmente, a associação tem mais de cinco mil associados, a maioria pessoas de mais de 60 anos que tem o valor referente ao plano de saúde da associação descontado no contracheque. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também enviou representante para saber o que foi feito com o patrimônio do hospital.



O hospital, que até pouco tempo era referência no Estado, com risco zero de infecção, hoje está completamente sucateado, com salários dos funcionários atrasados e em condições precárias. O questionamento dos associados não é quanto ao valor descontado, mas como isso retorna em investimento para eles.

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