Segunda, 29 Abril 2024

Movimentos sociais vão debater saúde pública em conferência livre

sus_marcellocasal_agenciabrasil Marcello Casal/ABr

Movimentos sociais se preparam para a Conferência Livre de Saúde do Espírito Santo, que será realizada no próximo dia 15 de abril, na Paróquia São José Operário, em Carapina, Serra. A atividade é organizada por cerca de 30 entidades da sociedade civil e tem como tema "Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia - Amanhã Vai ser Outro Dia". O objetivo é elencar propostas a serem encaminhadas para a Conferência Estadual de Saúde, nos dias 24, 25, 26 e 27 de maio.

Além de encaminhar propostas, os movimentos irão eleger delegados para participar da atividade. Entre as entidades que fazem parte da organização da conferência na próxima semana, estão o Movimento Nacional de Direitos Humanos no Espírito Santo (MNDH-ES), Fórum de Mulheres do Espírito Santo (Fomes), Movimento Quilombola, Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra (CDDH), Fórum de Luta Antimanicomial e Movimento Negro Unificado (MNU).

A militante do CDDH, Galdene dos Santos, relata que a realização do encontro com os movimentos se tornou uma necessidade diante da pouca divulgação nas cidades capixabas da etapa municipal da conferência de saúde, que trata-se de uma preparação para a estadual. Outro problema apontado por ela é que, em alguns locais, a conferência municipal ocorreu em meio período, tempo considerado curto para debater o tema central, os eixos e elencar propostas.

Galdene acredita que esses problemas podem ter ocorrido por causa de uma possível falha no diálogo entre o Conselho Estadual de Saúde e os conselhos municipais, o que pode ser fruto da política de desmantelamentos dos colegiados, feita durante o Governo Bolsonaro (PL). Também são apontadas como motivações para a conferência a ser realizada pelos movimentos a necessidade de discutir demandas de saúde das comunidades quilombolas, de resgate e valorização de práticas tradicionais em saúde, a acessibilidades nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) das periferias e ampliação de especialidades nesses equipamentos.

A militante dos direitos humanos explica que a realização de um conferência livre tem respaldo legal, com amparo do documento que orienta a Conferência Nacional de Saúde. Os eixos temáticos da conferência livre são o Brasil que temos e o Brasil que queremos; o papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; garantia de direitos e defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da vida e da democracia; e amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas.

Para Galdene, os movimentos sociais têm credibilidade para realizar a conferência por terem a saúde como uma de suas pautas em comum, além de muitos deles terem atuado em grande intensidade durante a pandemia da Covid-19, percebendo como o SUS está desmantelado, mas ao mesmo tempo, como essa política é importante. Um desses movimentos, aponta, é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que na crise sanitária se destacou com as doações de alimentos para famílias em vulnerabilidade social.

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