Terça, 07 Mai 2024

Mulheres realizam primeiro encontro de conscientização sobre o lipedema

lipedema2-1 Reprodução/Vascular.pro
Reprodução/Vascular.pro

Junho é o mês de conscientização sobre o lipedema, doença crônica que afeta uma em cada 10 mulheres em todo o mundo, mas ainda é pouco conhecida até por profissionais de Saúde. No Espírito Santo, uma portadora da doença precisou recorrer à Justiça para ter direito à cobertura da cirurgia pelo plano de saúde.

Luciene de Oliveira conseguiu uma liminar para que a Unimed Vitória pagasse todas as cirurgias necessárias. A empresa alegava que a doença não estava incluída no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), mas a Justiça determinou que a empresa procedesse com a cobertura de todo e qualquer procedimento cirúrgico relacionado ao lipedema.

O lipedema trata-se de um acúmulo anormal de gordura em regiões específicas do corpo, como pernas, braços, joelhos e coxas, o que faz com que a doença seja confundida com a obesidade. Para a moradora de Vitória, há um descaso em torno da doença, vindo até mesmo dos médicos, que não sabem lidar com os pacientes.

"Falta de interesse, pura e simplesmente. Basta estudar um pouquinho mais. Tratando como estética, as cirurgias não são realizadas pelos planos de saúde, já que, para tratar o lipedema, quando é necessário a cirurgia, a lipoaspiração tem que ser a laser, custo mais alto", aponta.

Luciene chegou ao estágio 4 da doença, tendo a mobilidade comprometida. No caso dela, a doença era hereditária. "Tenho 56 anos e só descobri em 2020. Fiquei três anos pedindo socorro em consultório médico, tive diagnósticos diferentes, muitas dores, cansaço, sensação de peso nas pernas. Fui pesquisar na internet e me deparei com lipedema, síndrome da gordura dolorosa", relata.

A moradora participa de um grupo nas redes sociais com outras portadoras da doença, onde elas trocam experiências sobre as dificuldades que enfrentam. No próximo dia 11 de junho, um encontro presencial vai ser realizado em Vitória com profissionais da Saúde, na Cafeteria Divina Terra, em Jardim Camburi, às 9h

"Temos como objetivo ampliar a conscientização sobre a doença, já que acomete 11% da população feminina e a grande maioria desconhece, sofre com o ganho de peso, que vem de forma associada, sofre com dores, hematomas, inchaço, e o pior, o descaso e desconhecimento dos próprios médicos, sendo que consta nas literaturas médicas desde 1940", enfatiza.

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