No auge da dengue, zika e chikungunya, Rodney demite agentes de combate ao Aedes aegypti

Enquanto aumenta a incidência do mosquito Aedes aegypti no período de verão e, consequentemente, os casos de doenças transmitidas por ele, vetor de transmissão da dengue, zika e chikungunya, a prefeitura de Vila Velha demite, justamente, servidores que atuam no combate ao mosquito. Foram demitidos 37 agentes de controle de endemias (ACEs) dos quadros da administração municipal, segundo denucia o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado ( Sindsaúde-ES).



De acordo com a entidade, ao mesmo tempo em que anuncia as medidas de combate ao mosquito e as doenças, a prefeitura deslocou servidores de outros setores para as ações de combate ao mosquito, prejudicando os demais serviços do município.



Em vez de contar com os trabalhadores que conheciam os pontos críticos do município, a prefeitura pediu ajuda ao Exército para o combate ao vetor de transmissão das doenças. Os servidores foram demitidos em outubro de 2015, justamente depois de uma greve em que reivindicavam o piso salarial de R$ 1.014, estabelecido em 2014 pelo governo federal.



Já em outubro, o Sindsaúde já denunciava que a demissão dos profissionais poderia prejudicar o combate à dengue no município – naquele mês ainda não havia sido registrada a ocorrência de zika no Estado.



Para cumprir com o que preconiza o Ministério da Saúde, o município deveria contar com 350 ACE. Na época. a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que, após as 37 demissões, o município teria 120 ACE. A Semsa alegou que o Ministério da Saúde só repassa verba para pagamento do piso nacional de 120 agentes.



Na ocasião, o sindicato apontou que é responsabilidade da prefeitura destinar recursos para pagar os ACE. A gestão municipal poderia ainda solicitar auxílio do governo do Estado e do próprio Ministério da Saúde, uma vez que o número de ACE já era insuficiente.