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Pacientes estão entre os suspeitos de contaminação no Hospital Santa Rita

Até essa segunda-feira, os suspeitos eram somente trabalhadores e acompanhantes

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Agora não são somente trabalhadores do Hospital Santa Rita e acompanhantes que estão entre os suspeitos de contaminação. Oito pacientes estão nessa mesma situação, segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) no final da tarde desta terça-feira (28). O maior número de casos suspeitos é entre os trabalhadores, que totalizam 46. Os acompanhantes são nove. Pessoas ainda não identificadas em nenhuma dessas categorias somam seis pessoas.

Portanto, são 69 casos suspeitos, sendo que 21 estão internados: cinco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 16 na enfermaria/UPA. Todos os oito pacientes com suspeita de contaminação estão internados, assim como 10 trabalhadores do Santa Rita e três acompanhantes.

A maioria dos internados se encontra no município de Vitória, sendo nove em enfermaria e um em UTI. O segundo município com maior número de internações é a Serra, com três pessoas na UTI e três na enfermaria. Em terceiro lugar, Cariacica, com um paciente em enfermaria e um na UTI. Colatina, Guarapari e Vila Velha têm um paciente internado cada, todos em enfermaria.

Em coletiva de imprensa realizada nessa segunda (27), com a participação do secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, e da coordenadora do serviço de Infectologia e membro da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Santa Rita, Carolina Salume, a Sesa afirmou acreditar que a causa do surto registrado no Hospital Santa Rita será descoberta até o final desta semana.

O secretário afirmou que a hipótese para os casos de sintomas respiratórios identificados na semana passada é uma causa ambiental, como água e filtro de ar-condicionado, mas não se sabe se foi algo trazido de fora para dentro de hospital. Apesar de a primeira hipótese apontada ter sido que a bactéria legionella, presente no ar e na água, fosse a causadora do surto, exames de oito funcionários acometidos que apresentaram sintomas, feitos em laboratórios de São Paulo, deram negativo.

Além disso, afirmou Carolina, os painéis pneumonia, com amostras pulmonares, também não identificaram a presença de legionella. Já foram descartados vírus como Influenza A, Influenza B e Covid-19. De acordo com Carolina, o envio de matérias para o Laboratório Central (Lacen) e para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para dar celeridade ao processo de descoberta da causa do surto tem tido “prioridade máxima”, exceto em relação à parte de transplante.

Quanto à contaminação fora do hospital, Carolina afirma que não há motivo para preocupações no momento. “A doença não se espalhou pela região, é restrita ao setor de internação. Não há nenhum risco para a população que está no entorno do hospital. Não há evidência de transmissão de pessoa para pessoa”, diz. “Esses funcionários do hospital foram para suas casas, tiveram contato com suas esposas, seus maridos, mas não houve casos de familiares de profissionais que tenham sido contaminados até o presente momento”, complementou o secretário.

O gestor informou, ainda, que a Sesa encaminhou, nesse domingo, uma nota técnica para os municípios, hospitais estaduais e hospitais privados contratualizados com a Sesa para falar sobre o surto, características e dando orientações sobre como proceder com casos suspeitos. Além disso, enquanto o problema perdurar, a Secretaria vai divulgar diariamente, às 17h, um boletim para atualizar a sociedade capixaba sobre a situação.

Na sexta-feira (24), a Sesa já tinha encaminhado um ofício aos hospitais e serviços de saúde do Espírito Santo, para melhorar o “fluxo de comunicação” entre as instituições sobre o caso. O documento determina que todo hospital que atender ou internar profissional de saúde que atua no Hospital Santa Rita deve notificar imediatamente área de saúde do trabalhador da instituição em questão, e as informações sobre o quadro clínico deverão ser repassadas à Coordenação Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde (Ceciss) para a investigação do “surto”.

Também foi reforçada a necessidade de higienização das mãos nos cinco momentos previstos pela Organização Mundial da Saúde (OMS): antes do contato com o paciente; após o contato com o paciente; antes de realizar procedimentos assépticos; após tocar superfícies próximas ao paciente; e após risco de contato com material biológico.

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