Quarta, 08 Mai 2024

​Quarta dose da vacina poderá ser aplicada em 500 mil idosos no Estado

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Hélio Filho/Secom
O início da imunização contra Covid-19 com a quarta dose da vacina foi marcado por ato solene na manhã desta segunda-feira (21), em Cariacica. O público-alvo são os idosos acima de 60 anos, que somam 500 mil pessoas no Espírito Santo. O intervalo necessário é de 90 dias a partir da dose de reforço, que será realizada com o uso dos imunizantes de tecnologia de RNA mensageiro ou de vetor viral. Na ocasião, também foi lançada a campanha da Influenza, que poderá ser aplicada concomitantemente.

"Essa dose não é obrigatória, mas é uma oportunidade, pois esse grupo é o mais suscetível à doença. Ao mesmo tempo, será possível contribuir com dados para uma pesquisa que envolve o Ministério da Saúde, a OPAS [Organização Pan-Americana da Saúde] e a Universidade Federal do Espírito Santo [Ufes], que visa a entender qual a resposta imunológica que esse grupo terá", afirmou no evento o governador Renato Casagrande, que também contou com a participação da secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite Melo.

Casagrande também fez um apelo a pessoas, principalmente, o público idoso que ainda não retornou para tomar a dose de reforço. "Pedimos que procurem a sua unidade de saúde, já que temos todas as doses da vacina garantidas. Está provado que quem toma a terceira dose tem uma resposta melhor contra a doença. Estamos vendo novas variantes surgindo e quanto melhor a cobertura vacinal, mais chances de evitarmos o surgimento de novas variantes", destacou.

A decisão sobre a imunização com mais uma dose está fundamentada na Portaria Sesa nº 046-R, de 18 de março que está em acordo com a Nota Técnica Covid-19 Nº 08/2022, com base em evidências científicas e clínicas que apontam a eficácia e a segurança da aplicação, além da necessidade de adequação do esquema vacinal em idosos, devido à imunosenescência (envelhecimento) do sistema imunológico, que possibilita o maior risco de adoecimento e de complicações da doença nesse grupo mais vulnerável.

"Outros estados já começaram esse movimento vacinal. O Ministério da Saúde nos apoia nessa vacinação, que foi construída em cima de muita técnica e responsabilidade. A população idosa capixaba adere muito à campanha, somos o Estado com melhor adesão à vacina. Nossos idosos têm sido exemplo para todo o Brasil sobre a importância da vacina para vencermos a pandemia", afirmou o secretário da Saúde, Nésio Fernandes.

No ato, foram vacinados o frei mais antigo do Convento da Penha em atividade, Pedro Hengel, de 85 anos; o pastor Kemuel Sotero, de 74 anos, que atua na Assembleia de Deus; Luiza Cardoso de Medeiros, de 69 anos, mãe do secretário da Saúde, e mais oito idosos, incluindo Renato Casagrande.
Hélio Filho/Secom

 Reforça Mais

O início da aplicação da quarta dose no Espírito Santo marca também o estudo para medir a efetividade, imunogenicidade e segurança da segunda dose de reforço (quarta dose) da vacina contra a Covid-19 em idosos: Estudo Reforça Mais (Plus Booster).

O estudo é uma iniciativa do Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo e da Rede Ebserh (Hucam-Ufes/Ebserh), por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação (ICEPi), com o apoio do Ministério da Saúde (MS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Secretaria Municipal de Saúde de Cariacica.

Para o estudo da efetividade serão analisados dados de idosos de ambos os sexos com idade igual ou maior do que 60 anos, moradores no Espírito Santo.

A resposta da vacina para a produção de anticorpos neutralizantes e células de defesa será avaliada numa subamostra de 240 pessoas maiores de 60 anos, que voluntariamente quiserem participar, com coletas de sangue ao longo de um ano. As vagas para participar desse grupo serão abertas na plataforma www.vacinaeconfia.es.gov.br, para receberam a quarta dose no dia 26/03, na Unidade de Saúde de Itaquari, em Cariacica. Essa resposta será comparada com a de imunossuprimidos.

"A hipótese do estudo é que idosos que receberem a segunda dose de reforço terão menor taxa de incidência de hospitalizações e morte do que aqueles que receberam apenas o esquema primário, e que a resposta imune humoral e celular dos idosos seja semelhante à dos imunossuprimidos", informou a coordenadora do estudo, a médica Valéria Valim.

Os participantes terão como benefício saber se a resposta da segunda dose de reforço da vacina contra o vírus Sars-CoV-2 induziu a produção de anticorpos neutralizantes. Além disso, ao participarem da coleta seriada de amostras sanguíneas, terão informação precisa e segura sobre a manutenção, ao longo do tempo, destes anticorpos. Os participantes terão acompanhamento para eventuais efeitos adversos.

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