Reabertura do Hospital dos Ferroviários está nas mãos da PGE
Na última terça-feira (30), durante prestação de contas na Assembleia Legislativa, ao ser questionado sobre a reabertura do Hospital Ferroviário, o governador Renato Casagrande afirmou que a decisão final será da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A resposta veio após cobrança do deputado Hércules Silveira (PMDB), que afirmou que o hospital está fechado por cumprir uma “legislação burra”.
"A lei é muito burra e o cidadão está morrendo para cumprir”, desabafou o deputado, que mais uma vez cobrou a intervenção do Estado para reabertura imediata do hospital.
Mesmo cara a cara com o governador, as cobranças do parlamentar, no entanto, parece que não surtiram efeito. Segundo Casagrande, a questão do hospital é privada e não pública, visto que trata-se de uma instituição filantrópica que está impedida de receber verba pública.
De acordo com o governador, a reabertura do hospital só será definida após parecer da PGE. “Só ai saberemos como agir”, ressaltou ele. Além de jogar água fria na cobrança do deputado, as afirmações do governador parecem ignorar também as últimas conversas com o peemedebista
No início do mês, o deputado chegou a divulgar que o governo estaria estudando uma forma de pagar os salários atrasados dos funcionários do hospital – que estão sem receber salários desde dezembro -, visando a reabertura da unidade. Mas, o governador sequer citou esta ação.
Na ocasião, o parlamentar afirmou que o dinheiro para o pagamento dos funcionários viria da verba do Estado. Mas o repasse do recurso teria sido suspenso pelo governo após a descoberta de irregularidades administrativas na instituição.
Pela proposta, o governo do Estado iria utilizar o dinheiro retido em caixa desde o ano passado para pagar os funcionários, sobretudo os de serviço geral, que se encontram em situação financeira mais complicada. Segundo o deputado, o débito trabalhista do hospital vem afastando possíveis novos administradores, dificultando ainda mais o processo de reabertura da instituição. .
Ao todo, o hospital recebia cerca de R$ 500 mil do governo federal e outros R$ 900 mil do Estado. Antes do fechamento, o Hospital dos Ferroviários realizava em média seis mil consultas por mês e 40 cirurgias por dia. A instituição também era referência em cirurgia buco-maxilo-facial, no tratamento de pacientes crônicos e avançado de feridas.
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