Quinta, 25 Abril 2024

Reflexos das aglomerações de fim de ano ainda estão por vir, alerta a Sesa

coletiva_nesio_reblin_04_01CreditosSesa Sesa

Segundo o subsecretário de estado de Saúde, Luiz Carlos Reblin, ainda não há reflexos das comemorações de fim de ano no número de internações e óbitos por Covid-19, entretanto, isso não significa que não houve aumento da transmissão, havendo possibilidade dessa aceleração ser observada ainda na primeira quinzena de janeiro. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (4), da qual também participou o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes. 

Diante disso, Reblin não descarta a possibilidade de municípios apontados como de risco moderado no Mapa de Risco migrarem para risco alto. O subsecretário observa que as aglomerações de fim de ano foram feitas principalmente por jovens, grupo que, de acordo com ele, costuma adoecer de forma menos grave, mas que, ao transmitir aos idosos, por exemplo, essas pessoas acabam adoecendo com mais gravidade e vindo a óbito. Porém, isso pode levar alguns dias, destaca. 

Nésio Fernandes garante que o governo do Estado, junto com as prefeituras, irá intensificar as medidas de fiscalização com forças de segurança, como a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros. "Nós temos visto festas noturnas nas praias, aglomerações desnecessárias que vão além de um simples passeio na praia durante o dia", afirma. Durante a coletiva foi informado que as políticas de intervenção nos eventos que causam aglomeração serão discutidas em reunião entre os prefeitos e o governador Renato Casagrande (PSB) ainda esta semana. 

Mais restrições

Reblin ratificou que "os municípios podem e devem adotar medidas, que devem ser mais restritivas do que as já definidas". Ações de combate e prevenção à Covid-19 também serão discutidas em reunião entre o secretário de Saúde do governo do Estado e os secretários de saúde dos municípios a partir desta terça-feira (5). Também foi anunciado que a gestão de Renato Casagrande mantém a postura de não adotar medidas restritivas em relação ao comércio. 

"Pela ausência de políticas de financiamento e preservação da vida das pessoas o fechamento das atividades é inviável", afirmou Reblin, destacando que essa é uma realidade de todo o Brasil. Ele também salientou que o mapa de risco aponta a situação de cada cidade, com medidas a serem adotadas de acordo com o risco, que pode ser alto, moderado ou baixo. "Estamos nos guiando por essa estratégia, que tem dado certo até o momento", garante. 

Nésio informa que há três semanas o Espírito Santo registra cerca de 500 internações por dia por causa da Covid-19. Na primeira onda foram sete semanas com essa mesma média de internação diária. "Isso indica possibilidade de muito tempo pela frente de número alto de pessoas internadas e de óbitos", diz Reblin, que salientou, ainda, que na segunda onda está sendo registrado um número maior de internações de "crianças pequenas", o que ele não atribui ao retorno das aulas presenciais, pois são de uma faixa etária que não retornou à escola. 

Vacinação

Nésio afirmou que espera que seja aprovado um calendário claro de vacinação para uso no Brasil, contemplando a aquisição e distribuição para todo o país, mas que o Espírito Santo dialoga com algumas indústrias, como a Pfizer, para comprar diretamente com os laboratórios, caso seja necessário. Disse também que aguarda registros de vacinas como a Astrazeneca e a Coronavac. "Todas que alcançarem a eficácia na fase três são aptas para serem adquiridas", diz, destacando, ainda, que, além disso, é preciso que sejam utilizadas em países centrais, já que o Governo do Estado reconhece que esses locais têm normas rígidas. 

Nésio falou também da possibilidade de vacinação em dose única. "Se reconhecida a eficácia de uma única dose, isso pode representar importante estratégia para o Brasil e o mundo alcançarem imunização", defende. Quanto ao investimento financeiro para aquisição das vacinas, Nésio explica que cada dose custa cerca de três e 10 dólares, dependendo, o valor final, da quantidade adquirida.

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Comentários: 2

marcos barros em Segunda, 04 Janeiro 2021 17:21

ditado popular: "quem chega no final toma água suja" (vai comprar quando não tiver mais produção de vacinas disponíveis no mercado?)

ditado popular: "quem chega no final toma água suja" (vai comprar quando não tiver mais produção de vacinas disponíveis no mercado?)
Michelle em Terça, 05 Janeiro 2021 12:32

As escolas de educação infantil, ao menos as particulares, retomaram as aulas -muitas em setembro de 2020. Será que o secretário de saúde não sabe disso? Não poderia ser esse o motivo de aumento de internação de crianças pequenas? Em janeiro muitas dessas escolas estão funcionando como colônia de férias, inclusive para crianças abaixo de cinco anos..

As escolas de educação infantil, ao menos as particulares, retomaram as aulas -muitas em setembro de 2020. Será que o secretário de saúde não sabe disso? Não poderia ser esse o motivo de aumento de internação de crianças pequenas? Em janeiro muitas dessas escolas estão funcionando como colônia de férias, inclusive para crianças abaixo de cinco anos..
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