Domingo, 28 Abril 2024

Superlotação e caos no Hospital Infantil e na Farmácia Cidadã

Superlotação e caos no Hospital Infantil e na Farmácia Cidadã
O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB), atendendo a denúncias e diante de reportagens veiculadas nos últimos dias, visitou na manhã desta quinta-feira (11) a Farmácia Cidadã e o Hospital Infantil, ambos em Vitória, e atestou que os locais não têm estrutura para atender à demanda diária das unidades. Nesta semana, a imprensa vem denunciando a precariedade do Hospital Infantil que apresenta quadro de superlotação e falta de estrutura física para atendimento satisfatório.
 
O imóvel em que se localiza o Hospital Infantil tem mais de 40 anos e a estrutura física já está esgotada. No local, o parlamentar constatou a superlotação, principalmente na sala em que as crianças e adolescentes aguardam leitos para informação.
 
Majeski ressalta que os funcionários se esforçam para prestar bom atendimento aos pacientes, mas a estrutura do Hospital Infantil é muito precária. Além do atendimento caótico, há a questão da falta de espaço. “As pessoas oferecem atendimento, mas não têm para onde enviar os pacientes”, conta ele.
 
"É um quadro que emociona”, diz o parlamentar, acrescentando que as crianças são colocadas em espera por internação por período indefinido, sem data para acontecer, porque não há vagas. “Pode ser amanhã, semana que vem ou nunca”.
 
Ele salienta que, por mais que se fale em crianças, neste caso, o quadro de superlotação e precariedade é geral. Há aproximadamente dois meses, o deputado visitou o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), conhecido como Novo São Lucas e lá, na estrutura nova, já havia superlotação, com cerca de 50 pacientes nos corredores.
 
Majeski lembra que, dos últimos 14 anos, pelo menos 10 foram de uma única administração – do governo Paulo Hartung (PMDB) – e não se vê planejamento na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tanto que a situação chegou a este ponto, que beira à calamidade. Enquanto isso, o secretariado, incluindo o secretário de Estado de Saúde, Ricardo de Oliveira, vai à imprensa amenizar as questões, não apresentando soluções, enaltecendo a gestão na pasta.
 
Farmácia Cidadã
 
No caso da Farmácia Cidadã, a frequência é de adultos, mas situação é tão grave quanto à do Hospital Infantil. A farmácia funciona por um convênio entre a prefeitura de Vitória e a Sesa. Enquanto a prefeitura é responsável pela cessão do imóvel, computadores e mobiliário, a Sesa cede os medicamentos e funcionários.
 
Na unidade há um número restrito de funcionários, que também se esforçam para prestar bom atendimento, mas são vencidos pela estrutura precária e o reduzido número de atendentes. No momento da visita do deputado à unidade, por volta das 11 horas da manhã, o parlamentar encontrou pessoas que estavam na fila para atendimento desde às 4h30.
 
As pessoas que precisam buscar remédios na Farmácia Cidadã não podem fazer qualquer atendimento prévio por telefone ou pela internet porque estes canais não estão disponíveis. Majeski aponta que as pessoas que buscam medicamento, geralmente, o fazem para os parentes adoentados e perdem o dia de trabalho para ficar na fila, que dá voltas no quarteirão.
 
O deputado questiona as prioridades do governo estadual, diante do quadro da área de saúde. “Enquanto se dá tanto incentivo fiscal, jogando dinheiro pela janela, a situação na saúde chega a esse ponto”, lamenta.
 
Medidas
 
Depois das visitas, o deputado vai ratificar uma denúncia sobre a situação que já existe no Ministério Público Estadual (MPES); além de fazer uma proposta de fiscalização e controle para a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e um Requerimento de Informação para a Sesa. No caso da Farmácia Cidadã, como o imóvel é de responsabilidade da prefeitura de Vitória, cedido ao governo do Estado, ele fará um oficio para cobrar melhorias e soluções no local.
 
A assessoria jurídica do mandato do deputado também estuda denunciar a situação ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão da Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH), visto a denúncia feita pelo parlamentar na Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a aplicação do mínimo na educação pelo governo surtiu efeito.

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