Sábado, 20 Abril 2024

Vitória tem tendência de aumento dos casos de síndromes respiratórias

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Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram uma tendência de crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Vitória. No último boletim Infogripe, divulgado nessa quinta-feira (5), a cidade capixaba aparece entre as onze capitais com sinais de aumento dos casos nas últimas seis semanas. Números podem estar relacionados à Covid-19 e à Influenza A.

As informações são da 17ª semana epidemiológica, com base em dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até essa segunda-feira (2). Tanto no monitoramento a curto prazo, que considera apenas as últimas três semanas, quanto a longo prazo, as últimas seis, Vitória aparece com uma tendência de crescimento nos casos.

Reprodução/Fiocruz

Além da capital capixaba, a mesma situação é observada em Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC) e São Luís (MA). Na análise dos novos casos nas unidades federativas, o Espírito Santo apresenta uma tendência de estabilidade a curto e longo prazo.

Apesar da estabilidade no Estado, a tendência de crescimento na Capital acompanha o panorama nacional, que também é de probabilidade de alta. De acordo com a Fiocruz, o alerta é para um possível início de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população adulta, cenário diferente do que foi visto nos meses de fevereiro e março, quando o aumento dos casos estava restrito à população infantil.

No grupo de 5 a 11 anos, o que a pesquisa observa é um sinal de interrupção da tendência de queda nos resultados positivos para SARS-CoV-2 (Covid-19) na segunda quinzena de fevereiro, bem como o aumento na detecção de outros vírus respiratórios no mês de março. "Tal cenário, aliado ao sinal de aumento de casos de SRAG na população adulta, sugere a importância da atenção a esse vírus na rede laboratorial em todo o território nacional", diz o boletim.

A análise da Fiocruz é que esse novo aumento na população adulta pode estar, mais provavelmente, relacionada à Covid-19, cujos casos leves têm crescido. Não se descarta, no entanto, o retorno da Influenza A, o vírus da gripe.

"Os dados laboratoriais associados aos casos de SRAG ainda não nos permitem precisar. As próximas atualizações poderão trazer maior clareza. De qualquer forma, é importante que a rede laboratorial esteja atenta à possibilidade de circulação simultânea desses dois vírus respiratórios, testando para ambos sempre que possível, para que possamos ter dados adequados para a caracterização de quais desses vírus estão causando internações", explicou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

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