Adolescente morre na Unip II na madrugada desta segunda-feira
Um adolescente morreu na madrugada desta segunda-feira (6) na Unidade de Internação Provisória II (Unip II), em Cariacica, o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases) informa. De acordo com a autarquia, o adolescente passou mal e desmaiou em um dos alojamentos da unidade.
Segundo o Iases, na madrugada desta segunda os adolescentes começaram a bater nas portas dos alojamentos. Quando a situação estava sendo controlada pelos agentes socioeducativos, o adolescente passou mal e desmaiou.
Os agentes chegaram a prestar os primeiros socorros ao adolescente e encaminharam-no a atendimento médico no Pronto Atendimento (PA) de Itacibá, mas ele não resistiu e morreu. A causa da morte do adolescente ainda está sendo apurada por meio de necropsia.
A moradia em que estava o adolescente tem capacidade para quatro internos, mas no momento da confusão havia oito adolescentes. Informações não oficiais dão conta que o adolescente tinha um histórico de pressão alta.
A Unip II foi construída para abrigar adolescentes em cumprimento de medida provisória com idades entre 16 anos e dois meses e 17 anos e meio. No entanto, a unidade abriga atualmente adolescentes de todas as idades. Além disso, aproximadamente 70% dos adolescentes que estão na unidade cumprem medida socioeducativa de internação, ou seja, já estão sentenciados.
Rebelião
Na última quinta-feira (2), os adolescentes da Unip II se rebelaram e tomaram parte da unidade. Segundo informações do Iases, 35 adolescentes fizeram um agente socioeducativo refém.
O motim foi controlado sem que fosse necessária a atuação do Batalhão de Missões Especiais (BME), que chegou a ser acionado.
O Iases também informou que o alojamento em que houve o princípio de rebelião teve média depredação. As causas da situação serão apuradas pelo núcleo de inteligência do instituto e pela equipe técnica da unidade.
A unidade, desde 2014, tem registrado rebeliões e fugas. Em 28 de abril de 2014 ocorreu uma rebelião na Unip II em que os adolescentes fizeram agentes socioeducativos reféns. A rebelião começou por uma insatisfação dos internos com a transferência de adolescentes que deveriam ser enviados para a Unidade de Atendimento Inicial (Unai), mas estavam sendo encaminhados diretamente para as Unips de todo o Estado.
Já em 25 de novembro, pelo menos 13 adolescentes fugiram através de um buraco feito no muro da unidade. A passagem teria sido aberta com uma tampa de bueiro.
No dia seguinte à primeira fuga, outros oito internos escaparam da unidade pelo mesmo buraco aberto no dia anterior.
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