Quarta, 24 Abril 2024

Círculo Palmarino acionará o MP para investigar operação policial no Território do Bem

movimento_negro_leonardo_sa-3384 Leonardo Sá

O Círculo Palmarino, entidade do Movimento Negro, informou em nota divulgada nesta sexta-feira (13) que irá entrar com representação no Ministério Público Estadual (MPES) para investigação de uma operação policial ocorrida nesta manhã, no Território do Bem, em Vitória. Segundo moradores, eles acordaram com barulhos de helicóptero e tiros por parte da polícia durante a operação, que contou com agentes da Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), da Força Nacional e da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). 

"Não podemos mais admitir que a polícia continue violentando comunidades inteiras, supostamente, sem a devida observância da legalidade e causando reiterados abusos", critica a entidade. Lula Rocha, coordenador do Círculo Palmarino, contesta a presença da Força Nacional, uma vez que a área de atuação dela é em Cariacica.

Ele afirma que, embora não houvesse flagrante delito, a Força Nacional encaminhou um jovem para a delegacia, o que não pode ser feito nos cinco dias que antecedem a eleição. "Alegaram que ele estava soltando foguete. No final das contas, não acharam nenhum foguete com ele", diz Lula.

Por meio da nota, o Círculo Palmarino afirma que a família do rapaz aponta que, quando foi abordado, o rapaz estava indo buscar exames feitos pela avó. E, ainda, que documentos que estavam em poder do jovem comprovam o relato da família. 

Ações policiais no Território do Bem têm sido constantes, motivando protestos dos moradores, como o ocorrido em 29 de junho por causa de uma ação da PM em 24 de junho, quando a polícia adentrou o bairro São Benedito atirando a esmo. Na ocasião, a integrante do Coletivo Beco, Crislaine Zeferina, relatou que quando isso aconteceu havia pessoas nas ruas, como crianças brincando e trabalhadores que estavam chegando do serviço. 

Mais recentemente, em 26 de setembro, uma ação da PM motivou uma manifestação no Jaburu. Segundo o líder comunitário do Jaburu, Jhones Teixeira da Silva, uma família foi surpreendida com tiros por parte da PM enquanto festejava um aniversário no sábado. "A polícia chegou atirando no beco. A festa tinha de 15 a 20 pessoas. Tinha gente na festa, em casa; e tinha gente no beco. Duas crianças foram atingidas com estilhaços e quatro adultos também. Teve adulto que foi atingido com bala de borracha", relata.

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