Segunda, 06 Mai 2024

Cresce o número de furtos e roubos de veículos no Estado

Cresce o número de furtos e roubos de veículos no Estado
Não foram só os homicídios que registraram aumento no primeiro mês de 2014. Os furtos e roubos de veículos também dispararam. Foram 838 ocorrências em janeiro deste ano contra 606 do mesmo período de 2013. Aumento de 38%. 
 
O salto nas ocorrências de furto e roubos de veículo é outro indicador que confirma que a criminalidade no Estado está em franca ascensão, ao contrário do que vem anunciando o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, que insiste na tese de que há tendência de queda consolidada da criminalidade desde 2009. 
 
Os dados que comprovam o aumento de furtos e roubos de veículos foram obtidos com exclusividade por Século Diário, já que o secretário André Garcia tem adotado a estratégia de “esconder” os dados para que imprensa e população fiquem apartadas da realidade. Como se a sensação de violência não fosse mais representativa que a frieza dos dados estatísticos.
 
Na primeira quinzena de janeiro, provavelmente já com os dados estatísticos negativos nas mãos, o secretário adotou estratégia semelhante ao determinar que a imprensa não tivesse mais acesso aos boletins de ocorrências nas delegacias de polícia e no Plantão Especializado da Mulher. 
 
A medida revoltou a imprensa capixaba, que costuma fazer a cobertura sistemática das ocorrências nessas delegacias.
 
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Espírito Santo e a Federação Nacional dos Jornalistas repudiaram a decisão da Secretaria de Segurança. À ocasião, as instituições alegaram que o Boletim Unificado é um documento público, conforme estabelecem os artigos 5º e 37º da Constituição Federal. O impedimento, segundo o sindicato, é uma forma de censura à liberdade de expressão e de imprensa, que fere preceitos constitucionais, a Lei de Acesso à Informação, bem como o Código de Ética dos Jornalistas que tem como base primordial o direito fundamental do cidadão à informação pública.
 
Acuado, Garcia voltou atrás e reconsiderou o acesso. Para tentar convencer a imprensa de que a ocultação de dados não tinha a ver com a falta de transparência, o secretário justificou que apenas queria preservar a identidade das vítimas. 
 
Desde que assumiu a Secretaria de Segurança, em março de 2013, André Garcia passou a tratar as informações de maneira seletiva, divulgando os dados estrategicamente. Dados que expusessem a realidade e, consequentemente, gerassem críticas à sua gestão eram omitidos. 
 
Foi o caso dos dados sobre homicídios. Um dos primeiros atos de Garcia à frente da Sesp foi suprimir as informações diárias sobre os homicídios do site da Sesp. Antes de o secretário fechar os dados era possível para a imprensa conferir diariamente quantos homicídios ocorreram, os nomes e idades das vítimas e os horários e locais dos crimes. 
 
Com base nesses dados, a imprensa podia monitorar de perto as informações sem depender da burocrática intermediação da assessoria de imprensa da Sesp, que pode levar dias para passar uma simples informação sobre o número de homicídios. 
 
Após retirar os dados do site da Sesp, Garcia alegou que tomou a decisão não para “esconder” a informação, mas para (novamente) preservar a identidade das vítimas. 
 
Diante de desculpa tão estapafúrdia, a imprensa não precisava perder tempo tentando convencer o secretário que o nome da vítima poderia ser suprimido das estatísticas, já que a intenção era acompanhar a evolução ou recuou dos homicídios a partir dos números. 

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