Terça, 07 Mai 2024

Crime da Ilha: condenado por duplo homicídio é preso em Cariacica

O condenado pelo assassinato Cláudia Soneguete e Mauricéia Rodrigues, Cristiano dos Santos Rodrigues, foi preso na madrugada desta sexta-feira (28), em Cariacica. Ele já havia sido condenado em maio de 2012, mas estava recorrendo da decisão em liberdade. Cláudia, na ocasião do crime, janeiro de 2013, era casada com o atual prefeito de Conceição da Barra (norte do Estado), Jorge Donati (PSDB). Mauricéia era arrumadeira na mansão do casal, na Ilha do Frade, em Vitória. 
 
O mandado foi cumprido por investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), tendo sido expedido pela 1ª Vara Criminal de Vitória em 14 de março deste ano. O Crime da Ilha, como ficou conhecido o duplo assassinato, completou 11 anos em 2014 sem que o acusado de ser o mandante, Jorge Donati, tenha ido a julgamento. Cristiano e o irmão, Renato dos Santos Rodrigues, foram a julgamento em maio de 2012. 
 
Cristiano foi condenado pelo Tribunal do Júri de Vitória em maio deste ano a 41 anos de prisão junto com o irmão, Renato – que foi condenado a dois anos e 11 apenas pelo crime de receptação dentro do mesmo processo do duplo homicídio. Em novembro do mesmo ano a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) manteve a condenação de Cristiano, mas anulou a sentença contra Renato de acordo com o voto do relator da apelação criminal, o desembargador Ney Batista Coutinho. 
 
Crime 
 
Cristiano, que trabalhava na mansão em que moravam Cláudia e Donati, teria simulado um latrocínio (roubo seguido de morte) para mascarar o real motivo do duplo assassinato, que teria sido cometido a mando de Jorge Donati.
 
O prefeito de Conceição da Barra chegou a ser pronunciado no mesmo processo, mas a ação contra ele passou para a segunda instância em 2008, na primeira eleição dele a prefeito do município. 
 
A relatora do caso é a desembargadora Eliana Junqueira Munhós Ferreira, que substituiu o desembargador Alemer Ferraz Moulin na ocasião da aposentadoria dele. No entanto, até que chegasse de volta ao gabinete da desembargadora, no início de 2012, o processo ficou mais de 90 dias na Procuradoria Geral de Justiça, aguardando decisão do Ministério Público do Estado (MPES), concordando ou não com a decisão anterior das Câmaras Criminais Reunidas do TJES, que passou a relatoria do caso do desembargador Alemer para a desembargadora Eliana. 
 
O processo do prefeito corria em primeira instância até que ele foi eleito, em 2008. Antes da eleição, em 2006 o julgamento pelo crime chegou a ser marcado para 27 de outubro daquele ano, mas foi cancelado. Além disso, o processo chegou a “sumir” do Tribunal de Justiça, mas foi localizado e posteriormente despachado para julgamento dos réus.  
   

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