Segunda, 13 Mai 2024

Estudo do Ipea mensura as mortes ocultas que não entram nas estatísticas

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta segunda-feira (5), o Mapa dos Homicídios Ocultos, de autoria de Daniel Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea (Diest/Ipea). 
 
O trabalho estima o número de homicídios não reconhecidos em cada estado, a partir de mortes violentas classificadas como “causa indeterminada”. O autor usou o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para analisar as características socioeconômicas e situacionais relacionadas às mortes ocorridas no País entre os anos de 1996 e 2010. 
 
Usando a base de dados do SIM, o estudo estima o número de homicídios ocultos em cada estado, considerando óbitos que foram erroneamente classificados como “causa indeterminada”. Os resultados deste estudo indicaram que o número de homicídios no país seria 18,3% superior ao dos registros oficiais
  
No Espírito Santo, o índice de indeterminação na informação sobre óbitos é classificado como intermediário. A taxa de indeterminação em 2010 foi de 2,9 mortes indeterminadas por grupo de 100 mil habitantes. Naquele ano, dos óbitos informados pelo Estado, 2,6% tiveram causas indeterminadas. 
 
Entre os anos de 2007 e 2010 a taxa de indeterminação foi de 3,3 por 100 mil. A taxa de mortes violentas do Estado considerando esse intervalo foi de 54,6 mortes por grupo de 100 mil. Contabilizando os homicídios ocultos no período a taxa sobe para 57 por 100 mil. 
 
O estudo salienta que um bom sistema de informações sobre mortalidade deveria ter todos os óbitos com causa bem definida, tanto no que se refere à intenção, quanto ao meio que gerou a letalidade. Por isso, é de extrema importância que as informações contenham todos os dados da vítima para subsidiar análises epidemiológicas e revela o cuidado do sistema de saúde local para gerar informações de qualidade.
 
O Estado, assim como no ranking de homicídios, é o segundo com o pior índice de preenchimento socioeconômicas e situacionais. No Espírito Santo o índice de não preenchimento é de 23,7% entre 2007 e 2010. Alagoas, que também é o estado com maior taxa de homicídios no País, é o primeiro em não preenchimento de informações socioeconômicas e situacionais, com índice de 24,3%. 
 

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