Quarta, 01 Mai 2024

Euclério gagueja tentando explicar cortes na Segurança

Euclério gagueja tentando explicar cortes na Segurança
Antes da tumultuada votação que definiu Hudson Leal (PRP) corregedor da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (24), o clima no plenário já era quente. O deputado Gilsinho Lopes (PR) trouxe para discussão os polêmicos cortes na Segurança Pública. 
 
O deputado repudiou a medida da Secretaria de Segurança Pública que cortou o combustível das viaturas, reduzindo o policiamento ostensivo. O republicano apontou outros problemas na infraestrutura da polícia, que comprometem as ações de combate à criminalidade.
 
Ele citou como exemplo a situação do município de Iconha, que registrou aumento no número de crimes. Segundo Gilsinho, o município não tem delegado titular e conta apenas com dois investigadores de polícia. 
 
“Mais de 30 assaltos em um mês com emprego de arma de fogo e violência. A situação de contingência com cortes em uma área essencial, em que está em jogo a vida do cidadão, é muito complicada”. O deputado também falou nos cortes de pessoal no Ciodes, que vai dificultar o acesso da população ao serviço. 
 
Em seguida, foi a vez do deputado Amaro Neto (PPS) criticar os cortes na segurança. O deputado denunciou que o secretário de Segurança André Garcia estaria impondo a “lei da mordaça” na PM. Segundo ele, nenhum policial está autorizado a falar à imprensa sem anuência da Assessoria de Comunicação da Sesp. Amaro disse que a medida é para evitar críticas aos cortes de gastos. 
 
Amaro Neto cobrou a convocação de André Garcia pela Comissão de Segurança, que é presidida pelo deputado Euclério Sampaio (PDT). 
 
O pedetista, que é governista declarado, ficou constrangido com as críticas. Ele ainda tentou justificar que era preciso diferenciar cortes de otimização de gastos. 
 
Para tentar empurrar a responsabilidade para o governo Casagrande, Euclério argumentou que os cortes no policiamento da Patrulha da Comunidade começaram no governo anterior. A tentativa de blindar o governador Paulo Hartung, porém, caiu por terra diante dos questionamentos de Amaro. 
 
“Já que ele foi o secretário no governo anterior, seria importante a sua vinda para explicar se é válido o corte de 20% no trabalho da Secretaria. Se é possível ou não é possível”, provocou Amaro. 
 
Euclério sentiu a pressão e passou a gaguejar na ânsia de encontrar palavras para justificar os cortes e a não convocação do secretário de Segurança.
 
Mesmo o deputado Josias da Vitória (PDT), que busca uma aproximação com o governo, não pôde se furtar de criticar os cortes na área de segurança. Ele também apoiou a convocação do secretário para esclarecer os cortes e apresentou dados que ilustram os efeitos das medidas na segurança. 
 
Da Vitória disse que recebeu a informação que o Batalhão da PM em São Mateus trabalhava com 80 mil litros por mês, mas agora está usando apenas 30 mil. “No carnaval, faltaram 15 mil litros para o trabalho. Isso nos aflige e quero continuar sendo responsável e apoiando o governo com economia, mas estou muito preocupado com as políticas emergenciais em relação à segurança pública”, destacou.
 
Gildevan Fernandes (PV) se esforçou para amenizar as críticas. O líder do governo tentou “jogar” com os números para justificar que as medidas de austeridade não estão comprometendo as ações de combate à violência. Ele, por exemplo, comemorou a redução de homicídios no Carnaval, como se 28 mortes em cinco dias fossem aceitáveis. 

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Quinta, 02 Mai 2024

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