Segunda, 29 Abril 2024

Extermínio de jovens custouR$ 2,6 bilhões para o ES em 2010

Extermínio de jovens custouR$ 2,6 bilhões para o ES em 2010
O estudo “Custo da Juventude Perdida no Brasil”, de autoria de Daniel Cerqueira, diretor de Estado, Instituições e Democracia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, mais do que a redução na expectativa de vida dos jovens por conta da violência letal, a violência também apresenta um prejuízo econômico para os estados e o País, já que a morte prematura de jovens também acarreta em perda de produtividade e de elementos para a produção de riquezas. 
 
A pesquisa, lançada na sexta-feira (12), durante o seminário “Juventude e Risco: Perdas e Ganhos na Crista da População Jovem”, promovido pelo Ipea, e detalha o impacto das mortes prematuras na sociedade e na economia. 
 
De acordo com o estudo, a taxa de mortes violentas de jovens no Estado em 2010 – ano usado como base para a pesquisa – foi de 163,8 mortes por grupo de 100 mil habitantes. A taxa de homicídios de jovens foi de 109,5 mortes por grupo de 100 mil, o que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), representa taxa de guerra civil. Mortes de jovens provocadas por arma de fogo deixaram o Estado com taxa de 92,8 por 100 mil em 2010.
 
O extermínio de jovens com idade entre 15 e 29 anos no Estado acaba por reduzir a expectativa de vida em 2,14 anos. A pesquisa também mostra em quanto a expectativa de vida no Estado aumentaria em caso de erradicação da violência. No Espírito Santo e na Bahia haveria um acréscimo na expectativa de vida de 4,3 anos, caso o homem de 15 anos se deparasse com a erradicação com a erradicação da violência no período da juventude. 
 
Além de perdas incomensuráveis da tragédia que é o extermínio de jovens no País em termos de dor, sofrimento e desestruturação familiar, os óbitos também geram um custo econômico de bem-estar para a sociedade que pode ser expresso monetariamente.  
 
Os estudiosos também quantificaram o custo social da violência juvenil  para os estados. No Espírito Santo o custo social em 2010 – que teve taxa de vitimização de jovens em 163,8 por 100 mil – foi de R$ 2,6 bilhões. A pesquisa esquematiza o custo social do extermínio da juventude em diversas hipóteses. 
 
O custo social para a geração corrente, de acordo com o estudo, fica em R$ 72,7 bilhões; para as gerações futuras, R$ 13,1 bilhões; perfazendo total de R$ 85,8 bilhões em custo social, ou 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O custo social anual de R$ 2,6 bilhões em 2010 representou 0,05% do PIB nacional e 2,7% do PIB estadual. 
 
    
      

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