De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol), Jorge Emílio Leal, os furtos ocorrem pela falta de segurança nas unidades policiais. Ele conta que o corte de custos promovidos pelo governo do Estado afetou os serviços de vigilância patrimonial, que tiveram os contratos de prestação serviço rescindidos.
Na delegacia de Goiabeiras ainda não foi contabilizado quanto foi levado, mas pelo menos uma submetralhadora foi teria sido furtada pelos criminosos.
Leal conta que a Chefia de Polícia chegou a designar policiais civis para atuarem como porteiros e vigilantes nas delegacias, mas o sindicato interveio, por haver flagrante desvio de função, e os policiais foram retirados deste serviço. “Se não há segurança interna, como pode haver segurança para a população?”, questiona ele.
Além dos contratos de vigilância patrimonial, também foram suspensas obras e melhorias nas delegacias. O presidente do Sindipol acrescenta que o investimento ínfimo em segurança do governo Paulo Hartung (PMDB) faz com que os criminosos atuem nos furtos a delegacias.
Ele conta que nos fins de semana, nos feriados e à noite as delegacias ficam fechadas e é aí que os criminosos entram, tamanha a facilidade de acessar o interior das unidades. Esta foi a terceira vez que a Deam, que foi furtada na última sexta, foi invadida. Em uma das ocorrências, uma viatura chegou a ser incendiadas.
Nos últimos cinco anos, pelo menos dez delegacias foram furtadas no Estado, mas isso não quer dizer que houve dez furtos, já que a maioria delas foi furtada diversas vezes.

