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Familiares reafirmam responsabilidade sobre o movimento e seguem bloqueando batalhões

O movimento de familiares de policiais militares, que impedem a saída de viaturas de batalhões do Estado, continua nesta terça-feira (7), sem previsão de término. Enquanto os familiares alegam que o movimento é inteiramente organizado por eles, sem o envolvimento dos militares, as associações classistas preparam recursos à decisão judicial que declarou a ilegalidade do “aquartelamento branco” dos policiais militares.

O desembargador de plantão do Tribunal de Justiça, Robson Luiz Albanez, em atendimento ao pedido feito pelo governo do Estado nesta segunda-feira (6), determinou multa diária de R$ 100 mil para cada associações ligadas a policiais, além de necessidade de desobstrução do acesso às unidades da PM por parentes e amigos dos militares.

Nas redes sociais circulam vídeos feitos nas portarias dos batalhões em que os militares do plantão pedem “autorização” aos manifestantes para a saída para o policiamento. Diante da negativa, os policiais retornam.

Nesta terça-feira, o vídeo que circula foi gravado no 8º Batalhão de Polícia Militar, em Colatina, no noroeste do Estado. O encarregado pelo policiamento do batalhão afirma que apoia o movimento. Justifica, porém, que tem ordens superiores para sair para o policiamento. E esclarece: “Não estamos aqui para furar movimento, mas queria pedir a permissão de vocês para colocar o policiamento na rua”. A resposta, quase um jogral, foi um grande “não”. O policial repete a pergunta e recebe um novo não. Em seguida, ele aceita passivamente o “não” das manifestantes e retorno para junto dos colegas.

Em entrevistas na manhã desta terça-feira, o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, classificou o episódio como “ridículo”, uma “encenação mal feita”, dizendo que a população não pode ser exposta a uma situação vexaminosa dessa.

Ele ressaltou que a paralisação vai trazer consequências para a segurança pública no Estado , mas a prioridade é normalizar os serviços. No entanto, os envolvidos serão penalizados.

As entidades classistas pedem que a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) volte à mesa de negociação com os familiares – e com a presença de representantes das associações – para negociar a saída dos manifestantes dos batalhões.

A saída do Exército às ruas, na noite desta segunda-feira, ainda não foi o suficiente para fazer com que  a rotina seja retomada no Estado. Parte do reforço da Força Nacional de Segurança (FNS) será empregado nos terminais de ônibus, que paralisaram as atividades na tarde de segunda-feira.

Na manhã desta terça-feira, diante da promessa de que homens da FNS ficariam nos terminais, o Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) anunciou que os ônibus voltariam a circular gradativamente, em menor escala, mas poderiam deixar de circular em virtude de ocorrências com trabalhadores.

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