Iases instaura procedimento de sindicância para apurar conduta de agentes na morte de adolescente
O Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) instaurou procedimento sumário de sindicância contra os servidores João Marcelo Batista da Ressurreição, Lorena Valfré e Taylson Rodrigues Gomes para apurar a conduta funcional em função da morte do adolescente Gabriel Tótola da Silva, então com 17 anos. O crime aconteceu em 22 de janeiro de 2013, na Unidade de Internação Norte, em Linhares.
O adolescente cumpria medida socioeducativa na unidade pela morte da moradora de rua Marinalva da Silva Alves, assassinada em 15 de março de 2012. Ele ateou fogo ao colchão em que a moradora de rua dormia e Marinalva teve 70% do corpo queimado. Ela morreu dias depois no hospital. Gabriel cumpria medida socioeducativa de três anos de internação desde abril de 2012.
Na ocasião da morte do adolescente, o então diretor-presidente do Iases, Leonardo Grobbério, disse que a autarquia abriria sindicância para apurar se houve falha por parte dos agentes, no entanto, somente um ano e oito meses depois do crime o procedimento foi aberto.
Gabriel foi amarrado, amordaçado e golpeado 113 vezes com um alicate utilizado em consultório dentário. A suspeita é que a arma teria sido furtada.
O adolescente havia pedido para ser levado para o alojamento em que estavam os adolescentes com idades entre 14 e 17 anos, por se sentir ameaçado. O interno de 14 anos confessou, na época, ter desferido os golpes na cabeça e pescoço de Gabriel.
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