Sábado, 04 Mai 2024

Mais dois são presos por envolvimento na morte do procurador da Câmara de Conceição da Barra

Mais dois são presos por envolvimento na morte do procurador da Câmara de Conceição da Barra
Mais duas pessoas foram presas na noite desta quarta-feira (8) por envolvimento na morte do procurador da Câmara de Conceição da Barra (norte do Estado) Marcelo Vaccari Quartezani. Jean Carlos Correia Laurindo e Sidney Laurindo foram presos depois de prestarem depoimento durante toda a tarde para o delegado Walter Barcelos, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares, também no norte do Estado. 
 
De acordo com os depoimentos, os dois suspeitos participavam de um esquema de agiotagem junto com o procurador. Sidney pegava dinheiro  com o procurador e emprestava a juros e cabia a Jean cobrar as dívidas contraídas para Sidney e Marcelo. 
 
O procurador desapareceu em 27 de julho deste ano e foi encontrado morto com dois tiros na cabeça, em Linhares , dois dias depois. Em 11 de setembro policiais da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) do município e da Delegacia de Sooretama, também no norte do Estado, prenderam três acusados de terem matado o procurador. 
 
Foram presos Jânio Luiz Vaccari Filho, primo de Marcelo, acusado de tramar o roubo na casa e a morte do procurador; Thiago Alves Miguel, acusado de emprestar um revólver calibre 38, com garantia de que iria ficar com parte do dinheiro; e Geovanilson Tibúrcio de Araújo, conhecido como “Buino Tubarão” que invadiu a casa de Marcelo junto com Jânio. 
 
Segundo informações do delegado Walter Barcelos, Jean contratou o primo do procurador para invadir a residência do procurador, roubar os cheques no valor de R$ 130 mil e matar Marcelo. O primo foi o responsável por contratar os outros dois executores.
 
As investigações policiais apontaram que a vítima havia sido sequestrada em Conceição da Barra e conduzida no próprio carro até Linhares, onde foi morta com dois tiros e teve o corpo jogado às margens de uma estrada de chão na localidade de Jataipeba. O carro de Marcelo foi encontrado na localidade de Humaitá, no mesmo município, carbonizado.
 
Crime da Ilha
 
Jean Carlos, preso na noite desta quarta-feira em Linhares, foi acusado por Cristiano dos Santos Rodrigues, condenado por cometer o chamado “Crime da Ilha” e pela defesa dele de ser o executor do crime ocorrido em 15 de janeiro de 2003 e que vitimou Cláudia Soneguete, então mulher do atual prefeito de Conceição da Barra, Jorge Donati (PSDB) e Mauricéia Rodrigues, arrumadeira da casa na Ilha do Frade, onde o crime ocorreu.
 
Na época, ele era o segurança do então prefeito de Conceição da Barra, Chico Donato, primo de Jorge Donati. 
 
Donati é indiciado pelo mando no crime de Cláudia Soneghete e Mauriceia Rodrigues, mas não foi a júri popular por ter foro privilegiado. O crime, que aconteceu há 11 anos, chocou a população. Os acusados de serem os executores de Cláudia e Mauriceia, os irmãos Cristiano e Renato dos Santos Rodrigues, foram a júri popular em 2012. Cristiano foi condenado a 41 anos de prisão e Renato a dois anos e 11 meses de pena em regime aberto. 
 
Cláudia Soneghetti tinha 28 anos e foi morta juntamente com a sua empregada, Mauricéia Rodrigues, de 20 anos. As duas foram assassinadas por asfixia e tiveram os corpos parcialmente carbonizados. Na época, Donati atuava somente como empresário da Destilaria de Álcool Itaúnas S/A (Disa). O jardineiro da casa, Cristiano dos Santos Rodrigues, e seu irmão Renato, acusaram Donati de tê-los contratado para matar a mulher, recebendo como pagamento as joias da vítima. No entanto, durante o julgamento, voltaram a apontar Jean Carlos como executor.

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