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Majeski critica secretario André Garcia por visão distorcida da segurança pública

A insegurança da população e as declarações estapafúrdias do secretario de Segurança, André Garcia, sobre a questão, foram criticados nesta segunda-feira (26) pelo deputado Sérgio Majeski (PSDB) da tribuna da Assembleia Legislativa.
 
André Garcia parece desconhecer totalmente, no mínimo irreleva, os assaltos sofridos pela população no seu dia a dia, as mortes em todo o Estado, o toque de recolher que torna os moradores reféns em suas próprias casas, entre tantas ações violentas que afetam a vida da população não são vistos ou são desconsiderados pelas autoridades públicas. Já virou rotina o noticiário da mídia corporativa, onde o secretario de segurança, André Garcia traça um cenário cor de rosa para a violência no Espírito Santo.
 
Até esta segunda-feira (26), por exemplo,  o comércio esteve fechado em Jardim Carapina, na Serra. E houve protesto e toque de recolher em Vila Velha, na altura do quilometro 17 da Rodovia do Sol. 
 
E é sempre a mesma ladainha do secretário Andre Garcia: o crime não domina nenhum lugar do Espírito Santo. Alias, a mídia transcreve suas palavras sem nenhuma critica, mesmo que aponte em páginas ao lado o drama da população insegura.
 
O cansado e destorcido discurso do secretário de Segurança foi objeto de criticas na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira. O deputado Sérgio Majeski (PSDB) lembrou as inverdades do secretário e que as causas da violência estão nos problemas sociais, econômicos e educacionais da população, que não são enfrentados pelo governo.
 
E que as precárias condições de vida e trabalho das corporações militar e civil da área de segurança também contribuem com a violência. Citou o que chamou de “triste episódio das expulsões de policiais militares” e os cerca de 1.000 processos instaurados pelo comando da Policia Militar contra os policiais, a partir da paralisação de fevereiro do ano passado.
 
Majeski também destacou que há um déficit de 40% no quadro da polícia civil e uma defasagem de 10% no quadro da PM e que, na corporação militar, foram abertas apenas 200 vagas, número insuficiente para as necessidades de segurança da população.
 
Os estudiosos de segurança pública lembram que tanto o secretário de Segurança, André Garcia, quanto o comandante da Policia Militar, ceronel  Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, são especialistas, mesmo,  é em segurança pessoal.
 
André Garcia, que é natural de Recife, Pernambuco, procurador do seu  Estado, aportou no Espírito Santo em  2008, e é transportado em veículo blindado, com farta escolta, fortemente armada.  Da mesma forma, o comandante da PM dificilmente será vitima de violência, considerando o grande número de efetivos à disposição de sua segurança pessoal.
 
Nos bairros, os policiais que cuidam do secretário e do comandante da PM certamente fazem falta. É que os assaltos, com arma de fogo e até com facas e canivetes, ocorrem diariamente. Em pontos que a população conhece, mas dos quais não pode fugir, como os de ônibus. E não adianta que a Polícia Militar não passa, nem mesmo só para dar a famosa “sensação de segurança”.
 
Já o crime organizado, principalmente o do tráfico, diariamente ostenta armamento pesado, como fuzis e metralhadoras,  cada vez em territórios maiores, e não só na Grande Vitória. O crime age às escâncaras também no interior, com assaltos às pessoas e às propriedades.

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