Domingo, 28 Abril 2024

Moradores do Território do Bem voltam a denunciar violência policial

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Esta semana tem sido mais uma vez de pavor para os moradores do Território do Bem, em Vitória. Eles denunciam que a Polícia Militar (PMES) tem entrado em casas da região sem apresentar mandado, além de atirarem a esmo, amedrontando os moradores e ferindo uma pessoa no bairro Jaburu, onde uma manifestação popular realizada nessa quarta-feira (14), foi dispersada a tiros.

A integrante do Coletivo Beco, Crislayne Zeferina, relata que as reclamações sobre violência policial nesta semana vieram de moradores dos bairros Floresta, Bonfim, São Benedito, Jaburu e Consolação. O líder comunitário do Jaburu, Sebastião Luiz, acrescenta que a PMES atirou em um jovem que estava na rua, alvejando-o no braço e atingindo uma bala de raspão na barriga, durante uma busca a traficantes. O jovem já se encontra bem, informa. Em decorrência do ocorrido, a comunidade fez uma manifestação, nessa quarta-feira (14), na avenida Leitão da Silva, que, segundo Sebastião, foi reprimida com balas de borracha. 

Além disso, Crislayne informa que os moradores têm se queixado de que os policiais têm entrado nas casas sem mandado. Ela conta que, nessa quinta-feira (15), recebeu telefonema de moradores de São Benedito, que afirmaram que a Polícia estava agredindo um rapaz em sua residência.

"Ele mora na casa da avó, a PMES entrou lá e ameaçou agredir. Quando cheguei, eles disseram que estavam fazendo uma operação, mas não quiseram dizer o nome dela. Perguntei se tinham mandado e falaram que tinham um mandado coletivo, autorizando a entrar em todas casas da região. Não quiseram me mostrar e penso que nenhum juiz autorizaria isso", destaca;

Ainda de acordo com Crislayne, as viaturas têm andado em alta velocidade na região, o que coloca em risco principalmente a vida das crianças, já que é nas ruas que elas brincam, diante da falta de equipamentos de lazer no território.

A integrante do Coletivo Beco fez denúncia ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), à Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES), e à secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo. O MPES afirmou que irá dialogar com a Polícia Militar. Já Nara Borgo respondeu que conversou com uma liderança comunitária do Jaburu, mas, segundo Crislayne, quando questionou quem seria essa pessoa, ela não respondeu.

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