Domingo, 19 Mai 2024

'Operação-espetáculo' de novo comandante da PM vira fiasco

 

Uma megaoperação policial, na última quarta-feira (21), que mobilizou cerca de 60 PMs e até um helicóptero, resultou na prisão de três suspeitos. Nos jornais do dia seguinte à operação, o comandante da PM, coronel Edmilson dos Santos, aparecia como o herói que prendeu o procurado chefe do tráfico, conhecido como Lobinho. 
 
O comandante fez questão de dizer, sem falsa modéstia, que sempre gostou de participar de operações dessa natureza. “Está no meu sangue mesmo a rua”, declarou ao jornal A Tribuna. 
 
O problema é que cerca de dez horas após as prisões, os três suspeitos reconquistaram a liberdade. Motivo, não havia provas para o delegado mantê-los presos. Virgílio Alves da Cruz, o Robinho, de 23 anos, portava uma pistola e acabou sendo preso por porte. Mas após pagar R$ 1 mil de fiança, foi liberado. 
 
O delegado de plantão do Departamento de Polícia Judiciária de Vila Velha, Gabriel Duarte Monteiro, ficou de mãos atadas. Não tinha como manter os suspeitos detidos, pois não tinha elementos, provas que justificassem as prisões. 
 
Embora o coronel Edmilson tenha tentado dar direção ao tiro n’água que deu, alegando que a legislação precisa ser reformulada, a verdade é que o saldo da primeira megaoperação com a participação do comandante da PM foi um verdadeiro fiasco. 
 
Fica patente que a ansiedade do novo comandante da PM em mostrar seu resultado era tão grande que ele acabou colocando os pés pelas mãos. E sensação que fica, é que se a investigação fosse melhor articulada, a polícia teria dado um golpe certeiro, com provas consistentes para manter os suspeitos presos por um bom tempo. 

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