Domingo, 19 Mai 2024

???Oxigenação??? no comando da PM tenta acalmar a opinião pública

A troca no comando da Polícia Militar no Estado do coronel Ronalt Willian pelo também coronel Edmilson dos Santos não é uma garantia que os números da violência reduzam, mas certamente cria um fato novo que gera discussão em torno do assunto e acalma, por um momento, a opinião pública. 

 
A “oxigenada” nos quadros, alegada pelo governo do Estado para a troca do comando da PM é fundamentada pelas outras trocas ocorridas nos batalhões e até mesmo do secretário de Estado de Segurança Pública, feita em março, quando saiu do governo o então secretário Henrique Herkenhoff e assumiu André Garcia. No entanto, as trocas de comando não são capazes de devolver a sensação de segurança à população, principalmente para moradores da Grande Vitória, que têm vivenciado recorrentes crimes contra o patrimônio e a vida. 
 
Recentemente, chocaram a opinião pública o assalto seguido de morte (latrocínio) do professor Guilherme de Almeida Filho, ocorrido na manhã da última quarta-feira (8) em frente à Escola Estadual Rosa da Penha, em Cariacica; a morte da gerente de supermercado Maria da Penha Schöpf Auer, vítima de sequestro relâmpago na Serra e que foi baleada, talvez pelos próprios policiais, enquanto estava no porta-malas do carro; além da chacina de quatro adolescentes em Barramares, Vila Velha, em março deste ano. 
 
No caso de Maria da Penha, a própria família da gerente se pronunciou dizendo que houve erro por parte dos policiais que atenderam a ocorrência, que teriam agido precipitadamente.
 
Ao ter o nome anunciado para o comando da PM, o coronel Edmilson declarou que pretende devolver a sensação de segurança à população, por meio da intensificação da atuação do Comando de Policiamento Ostensivo Metropolitano (CPOM) – do qual era comandante – e aumento do efetivo nas ruas. 
 
Em primeiro momento, caso seja colocada em prática a intenção do novo comandante, é possível que os crimes ao patrimônio ou até mesmo homicídios sejam reprimidos. No entanto, a sensação de segurança leva mais tempo para ser consolidada e, ainda mais, os índices de violência e criminalidade. 
 
Efervescência 
 
A troca no comando da Polícia Militar também acontece em um momento de efervescência dentro da corporação. A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado (ACS/PMBM/ES) cobra cumprimento de acordo por parte do governo do Estado no que se refere ao salário defasado da categoria, da carência no efetivo e da readequação da carga horária. 
 
Os membros da associação têm assembleia geral marcada para o dia 22 de maio com o objetivo de cobrar do governo o cumprimento da promessa feita pelo governador Renato Casagrande. 
 
Em discurso na Tribuna Popular da Assembleia Legislativa, em abril deste ano, o presidente da entidade, cabo Flávio Gava, declarou que os policiais militares têm as cargas horárias ampliadas, que o comando aperta a demanda de trabalho, porque não há policiais. 
 
Ele lembrou que em 2012 foi realizada uma assembleia geral da PM, no mês de fevereiro, em que o comandante geral, Ronalt Willian, se comprometeu a formular a portaria reajustando a carga horária dos policiais, mas depois de um ano da promessa nada havia sido feito. Gava ressaltou, ainda que a escala dos PMs é competência exclusiva do Comandante Geral. 

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