Peritos cobram renovação do convênio com a PF para utilização do sistema Afis
O sistema de identificação criminal do Estado sofreu um grave retrocesso com o fim do convênio entre a Polícia Civil e a Polícia Federal para a utilização do sistema Afis – sigla em inglês para Automated Fingerprint Identification System, que é um banco de dados informatizado de impressões digitais – pelo Departamento de Identificação.
O convênio terminou em 29 de dezembro de 2014 e contemplava a utilização da base de dados da PF para identificação criminal e de reincidentes. Com o término, todo o trabalho dos peritos papiloscópicos voltou a ser feito manualmente, com o auxílio de lupa.
A Associação dos Peritos Papiloscópicos do Estado (Appes) considera que o fim do contrato traz transtornos incalculáveis para a para os trabalhos da categoria e para a população, já que a busca da autoria de inúmeros crimes passou a depender novamente da análise detalhada e manual dos peritos, objetivando encontrar minúcias que possam auxiliar as investigações policiais.
A entidade salienta que os peritos são responsáveis, na área cientifica, por 100% das perícias positivas nos casos de furto e roubo. Com o fim do convênio, sem a produção de provas pelos peritos, restam apenas os flagrantes e provas testemunhais nos inquéritos.
Na parte civil, o Estado não tem o sistema informatizado, o que é um risco, já que o sistema informatizado impediria a emissão de documentos de identidade em duplicidade.
O Afis protege contra a emissão de documentos falsificados, a exemplo do que aconteceu em Afonso Cláudio, na região serrana do Estado, em junho de 2014, quando uma servidora do município foi presa acusada de vender documentos de identidade por R$ 50. A fraude foi constatada por uma perita papiloscópica com larga experiência em classificações de impressões.
A perita, ao analisar o cartão com as impressões digitais, observou que já tinha classificado uma impressão digital idêntica anteriormente, já que a impressão tinha um detalhe pouco comum.
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