Categoria quer que o Governo do Estado abra mesa de negociação até o fim deste mês
Os policiais civis estão em estado de assembleia permanente pela implementação da Lei nº 14.735/2023, a Lei Orgânica Nacional da categoria. Assim, podem fazer manifestações e outras ações de reivindicação a qual momento, sem uma convocação formal por meio de edital. Eles querem que a gestão de Renato Casagrande (PSB) inicie uma mesa de negociação até o próximo dia 30 para tratar de reivindicações como adequação da tabela de subsídio, auxílio saúde e progressão.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), Humberto Mileip, relata que, em 2023, foi aprovada a Lei Orgânica Nacional dos Policiais Civis, devendo ser aplicada nos estados. Uma das mudanças implementadas no Espírito Santo foi a unificação dos cargos de agente, investigadores e escrivães, criando, então, o de oficial investigador de Polícia, o que, afirma, deu mais autonomia e outras atribuições, como a de gestão. Contudo, a tabela de subsídios não foi atualizada. O pleito, então, é sua atualização, com um reajuste de 15%.

Os trabalhadores também reivindicam auxílio saúde por meio do pagamento de um valor mensal, que não foi estipulado pela categoria. De acordo com Humberto, esse benefício se faz necessário diante dos crescentes casos de problemas de saúde mental entre os trabalhadores da segurança pública.
Outra reivindicação é para que nos casos de troca de cargo dentro da Polícia Civil (PC) e de mudança da Polícia Militar (PM) para a Civil, o tempo de serviço anterior seja contado para fins de progressão, e não passar a contar do zero.
A decisão de permanecer em assembleia permanente foi tomada por unanimidade nessa sexta-feira (12), quando o Sindipol reuniu mais de 500 trabalhadores. Compareceram o oficial investigador Euclério Sampaio (MDB), prefeito de Cariacica, e o deputado estadual Danilo Baiense (PL). Ambos se comprometeram com as pautas deliberadas pela categoria. Os deputados Marcelo Santos (União), Mazinho dos Anjos (PSDB), Denninho Silva (União) e Coronel Weliton (PRD) também manifestaram apoio ao ato, como informa o sindicato.