Sábado, 20 Abril 2024

Policiais e bombeiros mantêm mobilização e cobram reunião com o governo

Policiais e bombeiros mantêm mobilização e cobram reunião com o governo

A Frente Unificada pela Valorização Salarial dos Policiais Militares, Policiais Civis e Bombeiros Militares divulgou nesta terça-feira (11) uma “nota à sociedade sobre a responsabilidade do governo na resolução da crise com os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares”. O comunicado é uma reação à não confirmação, pelo governo do Estado, em receber as entidades nesta quinta-feira (13). 



Uma possível reunião com o secretário de Estado de Economia e Planejamento (SEP), Álvaro Duboc, foi aventada durante reunião na Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa (Ales) nessa segunda-feira (10). Nesse dia, cerca de 1,5 mil militares e civis compareceram à Casa e, depois, realizaram uma passeata, com cartazes e faixas, exigindo diálogo com o governador Renato Casagrande para uma negociação que atenda ao pleito dos servidores de segurança pública. 



O mesmo contingente de servidores é esperado para a nova concentração, em dois dias, em frente ao Edifício Fábio Ruschi, no Centro de Vitória, sede da SEP, na expectativa de uma reunião com o executivo.



Em vídeo compartilhado nas redes sociais, os líderes da Frente Unificada convocam os policiais e bombeiros a, novamente, compareceram em massa ao ato. 



Na nota, a Frente afirma que “não aceitará qualquer tentativa de fragmentação em reuniões e negociações”, referindo-se aos diálogos estabelecidos pelo secretariado de Casagrande e pelo delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, com o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES). 



“O governador Renato Casagrande tenta querer ‘eleger’ esta ou aquela entidade de classe para impor unilateralmente o reajuste de 4% ao ano, sendo este já rejeitado à unanimidade pelos milhares de associados das entidades de classe que compõem a Frente e pela alta cúpula das instituições policiais”, criticam as entidades. 



“É fundamental que o governador, pessoalmente, receba os integrantes da Frente Unificada de Valorização Salarial em uma postura de respeito institucional para resolver com uma solução adequada o pleito legítimo que é a recomposição salarial linear das categorias integrantes do movimento”, exortam. 



Investigação 



Também nesta terça-feira (11), duas das entidades que compõem a Frente, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (Sindepes) e a Associação dos Delegados de Polícia do Espírito Santo (Adepol/ES), realizaram uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em que decidiram manter a recusa à proposta do governo do Estado de conceder reajuste de 4% ao ano nos próximos três anos, mais recomposição inflacionária anual. 



A proposta foi anunciada na última sexta-feira (7) em vídeo nas redes sociais pelo delegado-geral José Darcy Arruda, após tratativas com o Sindipol/ES e foi motivo de intenso repúdio pelas entidades da Frente Unificada, especialmente as duas que representam os delegados. 



A AGE deliberou pela expedição de um ofício ao governador Renato Casagrande, ressaltando “a ausência de qualquer legitimidade por parte do delegado-geral e do Sindipol em falarem pela categoria dos Delegados de Polícia, que à unanimidade recusaram esta proposta absolutamente inaceitável para recomposição de nossa remuneração”.



No ofício, a Adepol e o Sindepes anunciam a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar “a conduta do sindicalizado delegado de Polícia José Darcy Santos Arruda”, já que o mesmo decidiu unilateralmente sobre assuntos que dizem respeito aos delegados de polícia, cujas entidades representativas, legalmente registradas, são a Adepol e o Sindepes. 



"A recusa em dialogar com nossas entidades de classe”, explanam, “acaba convergindo com prática ilegal e que ofende os pressupostos da legitimidade estabelecidas às entidades de classe respectivas, as quais possuem total apoio do Conselho de Polícia Civil”. 



A atitude de José Darcy, frisam as duas entidades, caracteriza “grave transgressão ética”, que “pode resultar em pena de expulsão dos quadros da entidade, respeitados os princípios do contraditório e ampla defesa”. 



Operação-padrão 



A AGE também discutiu sobre a “aplicação de medidas de 'operação-padrão’ já pré-estabelecidas a serem brevemente anunciadas, caso não haja evolução das negociações na quinta-feira, dia 13/02/2020”. 

 

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