Domingo, 28 Abril 2024

Policiais federais protestam no Estado por reestruturação da carreira

pf_leonardo_sa-6339 Leonardo Sá

A próxima quinta-feira (26) será marcada por manifestações da Polícia Federal (PF) em todos estados brasileiros. No Espírito Santo, será às 10h, na Superintendência em São Torquato, Vila Velha. Os trabalhadores reagem ao cancelamento da reunião entre entidades representativas e o Ministério da Gestão e Inovação, que seria realizada nessa segunda-feira (16) para discutir a proposta de reestruturação salarial para a categoria.

Em nota conjunta, as entidades de classe apontam que o encontro foi desmarcado "porque o governo federal ainda não encontrou a solução orçamentária para implementação da reestruturação".

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e do Sindicato dos Policiais Federais do Espírito Santo (SINPF-ES), Marcus Firme, informa que, no Estado, será feita uma paralisação na parte da manhã, na Superintendência da PF, onde também serão colocados faixas e cartazes.

Em todo o Brasil, as manifestações seguirão até 16 de novembro, Dia do Policial Federal. As ações a serem feitas durante o período ainda serão discutidas. Contudo, Marcus afirma que, caso o Governo Federal resolva retomar a conversa com a categoria, podem ser canceladas.

Na nota publicada pelas entidades de classe da Polícia Federal, elas apontam que o Governo Federal age com "letargia" nas discussões sobre a reestruturação da carreira dos servidores. "Cabe ressaltar que as negociações de reestruturação já estão em andamento há meses no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos [MGI], conforme ofício encaminhado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em 15.6. Mesmo com toda essa tramitação, o governo federal reincide em postergar uma resposta efetiva à questão", destaca.

Ainda no Governo Bolsonaro (PL), os policiais federais fizeram manifestações em prol da reestruturação da carreira, alegando que pode mitigar os efeitos negativos da reforma da Previdência à categoria. Marcus destaca que houve achatamento salarial, uma vez que a alíquota aumentou de 11% para 14% e, em alguns casos, como dos delegados, para 16%.

Outro problema é o da aposentadoria por invalidez. Antes, o trabalhador recebia o valor integral, agora, é proporcional ao tempo de serviço. "Você leva um tiro, fica paralítico, e pode receber um valor que corresponde, por exemplo, a 30% do seu salário. Nossa profissão é de risco, isso é muito difícil", avalia.

Uma proposta de reestruturação chegou a ser feita no Governo Bolsonaro, mas sem a participação da categoria, que nem ao menos chegou a vê-la. Marcus informa que agora, no Governo Lula (PT), foi feita uma nova proposta, dessa vez de maneira coletiva, envolvendo as entidades de classe e a direção geral da PF. O processo é classificado pelo dirigente sindical como "histórico" por envolver os trabalhadores administrativos e os cinco cargos policiais: agente, escrivão, papiloscopistas, delegados e peritos.

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